Após apreensão recorde de cocaína, volta vistoria em carga de carvão
Alvos são contêineres com destino à Europa, para onde iriam os 2.906 quilos de droga
Depois da carga recorde de 2.906 quilos de cocaína apreendidos na semana passada, policiais paraguaios intensificaram a fiscalização nos portos localizados no Rio Paraguai. O objetivo é verificar todos os contêineres carregados com carvão vegetal, que era o tipo de carga usada para esconder a cocaína descoberta no dia 20 deste mês.
Nesta quinta-feira (29), equipes do departamento antinarcóticos da Polícia Nacional e promotores de Justiça revistaram um contêiner em porto privado da cidade de Villeta. Outros quatro foram revistados em Pilar, outra cidade na margem do rio.
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No porto privado Teport de Villeta, onde foi encontrada a cocaína, os policiais revistaram ontem um contêiner de 40 pés (12 metros de comprimento, 2,4 metros de largura e 2,5 metros de altura), também carregado de carvão.
O contêiner pertence à empresa de Alberto Antonio Ayala Jacquet, um dos presos por suspeita de ligação com a carga recorde de cocaína apreendida há dez dias. Segundo o jornal ABC Color, os sacos de carvão foram retirados do compartimento e revistados um por um, mas não foram encontrados vestígios de droga.
Nos quatro contêineres revistados no porto privado de Pilar também não foi encontrada droga, segundo o chefe do departamento antinarcóticos, comissário Osvaldo Ávalos.
A polícia paraguaia decidiu retomar as buscas nos portos por acreditar que exista carga remanescente de cocaína escondida nos contêineres. Segundo os policiais, as quadrilhas costumam enviar a droga em cargas exatas e suspeitam que o carregamento descoberto no dia 20 era de três toneladas, ou seja, ainda falta encontrar quase 100 quilos.