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Interior

Após assassinato em cela, Paraguai extradita traficante brasileiro

Marcelo Piloto estava preso há quase um ano no Paraguai e de lá comandava o envio de drogas e armas para os morros cariocas

Geisy Garnes e Helio de Freitas, de Dourados | 19/11/2018 07:07
Marcelo Piloto foi enviado ao Brasil nas primeiras horas desta segunda-feira (Foto: Direto das Ruas)
Marcelo Piloto foi enviado ao Brasil nas primeiras horas desta segunda-feira (Foto: Direto das Ruas)

Após assassinar uma jovem de 18 anos dentro de uma cela do do Agrupamento Especialização de Assunção, no Paraguai, o traficante Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo “Piloto”, foi extraditado para o Brasil na madrugada desta segunda-feira (19).

Segundo informações do site ABC Color, o voo em direção ao Brasil partiu do Grupo Aerotático da Força Aérea Paraguaia, en Luque, por volta das 5 horas de hoje. Pelo menos três equipes das Forças Operacionais Especiais de Polícia do Paraguai fizeram a segurança do traficante durante a extradição. Não há informações sobre para onde Marcelo foi levado no território nacional.

Considerado uma das lideranças do Comando Vermelho, o suspeito soma um condenação de 26 anos de prisão no Brasil por crimes no Rio de Janeiro. No Paraguai, ele foi preso por tráfico de drogas e uso de documentos falsos e desde o fim de setembro esperava para ser extraditado.

No sábado, dia 16 de novembro, teria assassinado Lidia Meza, de 18 anos, em uma tentativa de evitar a volta ao país. O crime aconteceu durante um encontro íntimo. Conforme informações da polícia paraguaia, Marcelo “Piloto” deu uma pancada na cabeça da jovem e depois a esfaqueou 16 vezes. Ela chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu.

A morte da jovem resultou na demissão do comandante da Polícia Nacional, Bartolomé Baéz e do subcomandante da Polícia Nacional, Luis Cantero.

Prisão - Marcelo Piloto foi preso há quase um ano no Paraguai. De lá comandava o envio de drogas e armas para os morros cariocas dominados pelo Comando Vermelho.

Após ser preso, Marcelo Piloto contou informalmente aos policiais que a cada dois meses enviava carregamento de maconha e armas para as favelas do Rio. As cargas eram transportadas em fundos falsos de caminhões que passavam por Mato Grosso do Sul e São Paulo. Quando o carregamento chegava ao destino, Piloto chegava a lucrar R$ 500 mil com cada carregamento.

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