Após matar homem perto de delegacia, pistoleiros foram seguidos até Paraguai

Policiais Civis chegaram a perseguir o carro dos pistoleiros que executaram o paraguaio Jomar Alcange de Oliveira, 47 anos, suspeito de intermediar o atentado contra o prefeito de Paranhos, Dirceu Bettoni (PSDB) ferido a tiros na última quinta-feira (14), quando chegava em casa. 

Conforme a Polícia Civil, Jomar havia acabado de sair da delegacia de Polícia Civil do município, onde prestou esclarecimentos sobre o caso, quando foi surpreendido por homens em um carro Ranault Duster, de cor branca, que fizeram vários disparos. Ele foi atingido a tiros de pistolas 9 milímetros e ponto 40. Após o fato, os atiradores fugiram para o Paraguai. O crime aconteceu no cruzamento da Rua Sete de Setembro com a Avenida Alberto Ratier.

De dentro da delegacia, os investigadores ouviram os disparos e chegaram a perseguir os suspeitos, que fugiram para o Paraguai. Em razão da distância do carro, os policiais não conseguiram anotar o número da placa do automóvel. No local do crime, foram recolhidas 37 capsulas de pistola 9 milímetros e oito de ponto 40. A vítima era natural do Paraguai, mas residia no Brasil e tinha duas identidades.

Suspeito de intermediar o atentado contra o chefe do executivo, Jomar prestou depoimento pouco antes de ser morto e negou envolvimento com o caso. O carro e o celular dele foram apreendidos para serem submetidos à perícia.

Investigações apontaram ligações dele com o pistoleiro Gabriel Queiroz, 26 anos, que recebeu R$ 20 mil para executar o prefeito. Gabriel foi preso na noite de sábado (16) quando fugia para Campo Grande em companhia da esposa, Djuly Priscilla Couto, 28 anos. O nome do mandante do crime, morador no Paraguai, não foi divulgado.

O prefeito Dirceu Bettoni foi atingido com três tiros, quando chegava em casa na noite de quinta-feira (14). Ele foi socorrido para o hospital da cidade e depois transferido para o Hospital do Coração de Dourados, onde continua internado.