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Interior

Câmara julga hoje mais dois vereadores afastados durante operação

Viviane Oliveira | 05/06/2015 07:45
 Célia Pinto e Justino Machado serão julgados hoje. (Foto: Rio Pardo News)
Célia Pinto e Justino Machado serão julgados hoje. (Foto: Rio Pardo News)

A Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo, distante 103 quilômetros de Campo Grande, julga hoje a partir das 18h mais dois vereadores que podem perder o mandato por envolvimento na farra das diárias. Esta é a terceira sessão de julgamento que acontece na cidade. Célia Regina Rodrigues Ribeiro, conhecida por Célia Pinto (PSDB) e Justino Machado Nogueira (SDD) estão afastados dos cargos desde novembro de 2014 por determinação judicial.

No total de oito vereadores afastados, três já foram julgados e perderam os mandatos e dois renunciaram. O vereador Adalberto Alexandre Domingues, conhecido como Betinho, ex-presidente da Câmara e afastado diante da acusação de comandar a “farra das diárias”, renunciou ao mandato em fevereiro.

No dia 5 do mês passado, tiveram os mandatos cassados os vereadores Cláudio Roberto Siqueira Lins (PT do B) e Fabiano Duarte da Silva (SSD). No último dia 14, foi a vez do ex-vereador Antonino Ângelo da Silva (PSC), que foi cassado por dez votos favoráveis e uma abstenção. Já DionyErick de Souza (PROS), que também seria julgado no mesmo dia, renunciou pouco antes do inicio da sessão. O restante dos acusados serão julgados nos próximos dias.

Escândalo - No dia 4 de novembro, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e a Promotoria de Justiça deflagraram a Operação Viajantes, em Ribas do Rio Pardo.

Acusados de participação na "farra das diárias" o ex-presidente da Casa Adalberto Alexandre Domingues, o Betinho (PRTB), a vereadora Lucineide Friosi (PSC), o vice-presidente da Câmara Antonino Ângelo da Silva, Célia Regina Ribeiro, Cláudio Roberto Siqueira Lins, Diony Erick Lima, Fabiano Duarte de Souza e Justino Machado Nogueira foram afastados do cargo pelo Juiz da cidade.

De acordo com a investigação do Ministério Público Estadual, os vereadores faziam saques de dinheiro em um supermercado do município, pagavam pensão alimentícia com dinheiro público, forjavam relatórios de viagens e ensinavam os colegas a seguir com os esquemas fraudulentos. O grupo também é acusado de contratar empresas sem licitação ou por procedimentos licitatórios que não passavam de farsa, para beneficiar empresas de familiares e de amigos dos agentes públicos.

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