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Interior

Câmara recebe pedido para cassar vereador acusado de bater na mulher

Requerimento apresentado por outros dois vereadores contra Diego Carcará será lido no dia 15

Helio de Freitas, de Dourados | 08/03/2022 08:55
O vereador Diego Carcará, que reassumiu mandato no dia 3 deste mês. (Foto: Reprodução)
O vereador Diego Carcará, que reassumiu mandato no dia 3 deste mês. (Foto: Reprodução)

A Câmara de Fátima do Sul, cidade a 239 km de Campo Grande, recebeu pedido de cassação do mandato do vereador Diego Candido Batista (PSD), o “Diego Carcará”, preso em janeiro deste ano, acusado de bater na mulher e na enteada com chinelo. Ele ficou quase 20 dias na cadeia, mas reassumiu a cadeira no Legislativo no dia 3 deste mês.

Na sessão ordinária marcada para terça-feira (15), será lido em plenário o requerimento protocolado ontem pelos vereadores Nilsinho Construtor e Silvana Vasconcelos (ambos do MDB). Havia informação de que a leitura seria hoje, mas a sessão foi dedicada às homenagens pelo Dia Internacional da Mulher.

Com base no artigo 35 da Lei Orgânica Municipal, os dois vereadores cobram da Mesa Diretora a abertura de processo de cassação por quebra de decoro parlamentar.

No documento, os vereadores emedebistas lembram que o colega, além de ter se envolvido em grave episódio de violência contra a mulher e de ter sido preso preventivamente, ainda terá de responder ao processo criminal pelos mesmos atos. “Tudo isso cria enorme desgaste para esta Câmara Municipal”, diz trecho do requerimento.

Nilsinho Construtor e Silvana Vasconcelos citam que as provas contra Diego Carcará são suficientes para embasar o pedido de cassação. “Seu comportamento é obviamente incompatível com o decoro parlamentar.”

Preso em flagrante - Dono de corretora de imóveis em Fátima do Sul e vereador pelo segundo mandato, Diego Carcará, 33, foi preso acusado de agredir a chineladas a mulher, de 31 anos, e a enteada, de 12, na noite de 23 de janeiro. A esposa disse que ele estava bêbado.

A mulher contou à polícia que era submetida a constantes agressões e ameaças por parte do vereador. Segundo ela, Diego a impedia até mesmo de ter acesso a dinheiro, às contas bancárias e aos documentos pessoais e dos veículos do casal.

A briga daquele dia teria começado após Diego derrubar o filho, de um ano. A enteada pegou o bebê no colo para tentar fazê-lo parar de chorar e foi agredida pelo padrasto com uma chinelada.

A mulher saiu em defesa da filha e também teria sido espancada. Já na delegacia, Diego teria passado perto da esposa e a ameaçado caso mantivesse a denúncia.

Ele passou 19 dias na cadeia, sendo 15 deles na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), de onde saiu no dia 16 de fevereiro.

A liberdade foi concedida pelo juiz da comarca de Fátima do Sul, mas com medidas cautelares. O vereador não pode frequentar bares, não pode sair depois das 18h de casa e precisa manter distância mínima de 100 metros da mulher.

*Matéria alterada para correção de informações.

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