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Interior

Com greve nas estradas, Bonito perde mais de R$ 2 milhões em turismo

Cancelamentos em hotéis já chegam a 30% e Festival de Blues e Jazz foi adiado

Izabela Sanchez | 30/05/2018 13:09
Bonito é um dos principais destinos de turismo ecológico do mundo (Fundação de turismo de Mato Grosso do Sul)
Bonito é um dos principais destinos de turismo ecológico do mundo (Fundação de turismo de Mato Grosso do Sul)

Com a greve dos caminhoneiros, que começa a chegar ao fim nesta quarta-feira (30), Bonito, a 257 km de Campo Grande, um dos principais destinos turísticos do país, perdeu mais de R$ 2 milhões em ganhos de turismo. A estimativa é do secretário municipal de turismo, Algusto Barbosa Mariano. Nesta quarta-feira, no entanto, ele afirma que os turistas podem ficar tranquilos, já que a situação volta a normalizar.

“Inicialmente nós estávamos com bloqueio na região da entrada da cidade, inclusive tinha dois caminhões tanques travados, era pra ter resolvido”, comenta. Segundo explicou, Bonito adiou dois eventos de peso na cidade. Um deles iria começar hoje e durar todo final de semana, o Enapa (Encontro nacional de grupos de apoio a adoção). O evento tinha uma estimativa de 1500 participantes e foi adiado para novembro.

Outro evento com grande expectativa de participantes é o Festival de Blues e Jazz de Bonito, que foi adiado para os dias 6, 7 e 8 de novembro. “O pior de tudo é o que no feriado a cidade estaria cheia. Hoje já estava na faixa de 30% os cancelamentos em hotéis e tem hotéis na faixa de até 60%”, comentou o secretário.

Hoje, no entanto, a situação volta a normalizar e o secretário faz um apelo para que os turistas voltem a ter Bonito como destino. “Hoje de manhã liberou os bloqueios, os caminhões tanques já chegaram nos postos, vão voltar pra levar mais combustíveis. O gás já estava normalizado e se o turista quiser ir a Bonito não há problema nenhum”, comentou.

Greve esvazia - Depois de dez dias de greve nas rodovias de Mato Grosso do Sul, os caminhoneiros começaram a deixar os três pontos de bloqueio em Campo Grande, que concentravam o maior número de profissionais. Culpando a população, questionando os anúncios feitos pelos Governos e criticando a desistência de colegas, há quem insista em ficar.

O único ponto de bloqueio que ainda tem concentração de motoristas parados é no Posto Caravágio, na BR-163, em Campo Grande. Nos postos Kátia Locatelli, também na BR-163, e Carga Pesada, na BR-262, os motoristas começaram a deixar o protesto e movimentam as rodovias na volta ao trabalho. Apesar da desmobilização, há manifestantes que temem represálias em outros trechos de bloqueios espalhados pelo país.

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