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Interior

Com pontes e estradas destruídas, prefeitura vai decretar situação de emergência

Renata Volpe Haddad e Liana Feitosa, de Aquidauana | 15/01/2016 11:27
Anastácio vai decretar situação de emergência até segunda-feira (18). (Foto: Fernando Antunes)
Anastácio vai decretar situação de emergência até segunda-feira (18). (Foto: Fernando Antunes)

A cabeceira da ponte na rodovia MS-170 foi rompida e comprometeu o acesso aos assentamentos Monjolinho e São Manoel, em Anastácio, distante 135 km de Campo Grande, onde moram 550 famílias. Os prejuízos nas estradas rurais ainda estão sendo contabilizados, mas o município vai decretar situação de emergência até segunda-feira (18).

Conforme o secretário de gestão do município, Ernandes Peixoto, para ter acesso aos assentamentos, é preciso realizar um desvio de 60 km. "Os moradores dos assentamentos que precisarem ir para Campo Grande ou Aquidauana, devem pegar uma estrada que vai até Nioaque, o que aumenta 60 km no trajeto", informa.

Segundo o secretário, uma das maiores preocupações neste momento é o calendário das aulas nas escolas rurais, já que as estradas estão intransitáveis. "São 17 linhas de transporte escolar rural que fazem o transporte dos estudantes que moram nos assentamentos, e os veículos percorrem por dia 2,5 mil km e não tem como fazer os trajetos já que não há como transitar pelas estradas", alega.

Com isso, a prefeitura estuda entrar na lista dos municípios onde as aulas serão adiadas para 29 de fevereiro, conforme a Assomassul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) solicitou ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O pedido do adiamento das aulas ainda está sendo analisado pela Sed (Secretaria de Educação).

Para o coordenador da Defesa Civil de Anastácio, Ademir de Jesus Arruda, ainda não se sabe qual o valor necessário para arrumar os estragos causados pelas chuvas, a única certeza, é que a prefeitura não tem dinheiro em caixa. "Nós vamos decretar situação de emergência, mas não sabemos se será reconhecida pelo governo, porém, isso vai agilizar o processo de licitação para liberação dos recursos", avalia.

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