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Interior

Com poucos credores presentes, assembleia da São Fernando é adiada

Helio de Freitas, de Dourados | 09/03/2017 13:58
Acesso ao local da assembleia só era permitido aos representantes de credores (Foto: Fabiane Dorta/ TV RIT)
Acesso ao local da assembleia só era permitido aos representantes de credores (Foto: Fabiane Dorta/ TV RIT)

Mais uma vez a Justiça não conseguiu fazer a assembleia dos credores da Usina São Fernando, de propriedade da família do pecuarista José Carlos Bumlai, condenado na Operação Lava Jato. A reunião deveria ter ocorrido na manhã de hoje (9) no Cerrado Brasil, em Dourados, mas foi adiada por falta de quórum.

O Campo Grande News apurou que poucos credores se credenciaram para a assembleia desta quinta, número insuficiente para a realização da reunião que faz parte do processo judicial em andamento na 5ª Vara Cível de Dourados.

Uma servidora do cartório da 5ª Vara Cível informou que a assembleia foi adiada para o dia 16 deste mês, data que já tinha sido definida pelo juiz Jonas Hass Silva Junior para a segunda chamada.

Através da assembleia de credores, a Justiça tenta aprovar o plano de recuperação da São Fernando Açúcar e Álcool, São Fernando Energia I, São Fernando Energia II, São Marcos Energia e Participações e São Pio Empreendimento Participações – cinco razões sociais de empresas que funcionam no mesmo complexo da usina.

A dívida da São Fernando chega a R$ 1,5 bilhão e a indústria enfrenta vários pedidos de falência, inclusive do BNDES, acusado pelo Ministério Público Federal de liberar financiamento fraudulento à família Bumlai.

Leilão – Os controladores da São Fernando pretendem aprovar a constituição de uma unidade produtiva isolada (UPI) a ser leiloada judicialmente. Até o momento, apenas a gestora de fundos Amerra, dos Estados Unidos, formalizou proposta.

Os trabalhadores rurais do MSTB (Movimento Sem-Terra do Brasil) que protestavam em frente ao local da assembleia, na Avenida Guaicurus, voltaram para o acampamento, na Fazenda São Marcos.

A propriedade pertence aos filhos de Bumlai e é usada para plantio de cana. Os sem-terra protestaram querem a desapropriação da área para assentamento das famílias com base em uma portaria do governo federal que destina para a reforma agrária as terras de grandes devedores da União.

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