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Interior

Com submetralhadora, quadrilha atirou até em postes para danificar câmeras

Caroline Maldonado | 18/04/2016 11:50
Agência ficou destruída após explosões (Foto: Direto das Ruas)
Agência ficou destruída após explosões (Foto: Direto das Ruas)

A quadrilha que explodiu um banco, atirou contra a polícia e baleou um morador, nesta madrugada, usou fuzis e submetralhadoras. O bando, que tinha de 8 a 12 homens, danificou também a rede elétrica, deixando sem energia a rua do Centro de Sonora, a 364 quilômetros de Campo Grande. A falta de energia prejudicou o início da investigação, já que a polícia conta com câmeras de circuitos de segurança para identificar os criminosos.

Depois de destruir a agência do Bando do Brasil e usar dois reféns para ajudar a recolher o dinheiro, os grupos que estavam em mais de um carro, seguiram por uma estrada vicinal que dá acesso ao Alto Taquari, no Estado do Mato Grosso. Os reféns foram dois taxistas que passavam pela Avenida Marcelo Miranda Soares no momento do roubo. Sem agressões, eles foram liberados a cerca de 5 quilômetros do local, na saída da cidade.

O morador, que levou um tiro na perna, foi socorrido ao Hospital Municipal, mas como o ferimento foi superficial ele foi medicado e liberado. Ele estava saindo de casa no momento em que recebeu um dos diversos disparos. Enquanto um grupo assaltava a agência, outro disparava contra os carros da delegacia de Polícia Civil e do batalhão da Polícia Militar. Os alvos eram os pneus e os motores das viaturas. 

Segundo o delegado Francis Freire, a quadrilha está na mira de diversas equipes da polícia de MS e do Estado vizinho, entre eles o Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) e Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais).

A agência não divulgou o valor roubado, conforme o delegado. “A investida contra a polícia certamente foi para impedir qualquer aproximação dos policiais à agencia no momento do roubo. Tivemos alguma dificuldade para acessar as imagens das câmeras, porque a rua ficou sem energia em função dos tiros que atingiram a rede, mas já está sendo restabelecida”, comentou o delegado, ao lembrar que apesar de ter sofrido assaltos a bancos, a cidade nunca foi alvo de ação tão bem elaborada antes. 

Em janeiro de 2012, a agência do Banco do Brasil em Sonora registrou dois assaltos dentro de duas semanas. Em um deles, os criminosos levaram cerca de R$ 50 mil. Na época, um dos grupos de assaltantes chegou a trocar tiros com a polícia, depois de uma tentativa frustrada de roubo, usando um maçarico com um botijão de gás para tentar abrir os caixas. 

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