Comissão Processante começa a ouvir vereadores afastados dia 19
Os vereadores escolhidos como membros da Comissão Processante, que vão apurar as denúncias contra os oito parlamentares afastados, definiram a formação que vai conduzir os trabalhos investigativos pode cassar o mandado dos acusados em Ribas do Rio Pardo, distante 103 quilômetros de Campo Grande.
De acordo com o site Rio Pardo News, em reunião realizada na manhã de ontem (14), a vereadora Sônia Passo (PSDB) foi oficializada como presidente. O relator será Douglas da Silva (PV). O vereador do PSB, Luiz Antônio Ribeiro, integra a comissão como membro.
Durante a reunião, também, ficou definido a data da segundo encontro oficial dos trabalhos. Na próxima segunda-feira (19), será realizado a notificação dos vereadores, servidores e empresários citados no inquérito.
Afastados - Foram afastados os vereadores Adalberto Alexandre Domingues, o Betinho, ex-presidente da Câmara, Antonino Ângelo da Silva, ex vice-presidente, Célia Regina Ribeiro, Cláudio Roberto Siqueira Lins, Diony Erick Lima, Fabiano Duarte de Souza, Justino Machado Nogueira e Lucineide Friosi. Dos oito vereadores, apenas o Betinho está preso.
Também são investigados os servidores Gil Nei Paes da Silva, assessor e pregoeiro da Câmara; Cacildo Camargo, diretor da Casa; Marcos Gomes da Silva Junior, presidente da comissão de licitação; Natanael Godoy Neto, procurador jurídico e Walter Antônio, contador do legislativo municipal.
Investigação - O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), começou a investigação quando a promotoria de Ribas do Rio Pardo recebeu denúncia e provas de que parlamentares estavam solicitando pagamento de diárias, mas sem viajar.
Para viagens dentro de Mato Grosso do Sul, era feito pagamento de R$ 750, já para destinos fora do Estado, a diária era de R$ 1.500. Em nove meses foram gastos cerca de R$ 600 mil pela Câmara somente com diárias. Além disso o grupo contratava, com a ajuda de cinco servidores que também estão afastados, empresas sem licitação ou por procedimentos licitatórios que não passavam de farsa, para beneficiar empresas de familiares e de amigos dos agentes públicos.