Conflito com indígenas, faz prefeitura antecipar férias escolares em Amambai
Decisão se deu após solicitações de diretores indígenas das unidades, por causa dos conflitos na região

A Prefeitura de Amambai, através Semed (Secretaria Municipal de Educação), decidiu antecipar o recesso escolar dos alunos indígenas. A decisão se deu após solicitações de diretores das unidades de ensino, devido aos conflitos por lideranças na região.
Conforme a Secretária de Educação de Amambai, Zita Centenaro, foi necessário algumas alterações no organograma, que começou a valer já na última sexta-feira (º1), afastando desde essa segunda-feira (4), os alunos do ambiente escolar. Sem mencionar as escolas específicas, Zita afirmou que três unidades devem aderir às intervenções.
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"Foi um pedido dos diretores, todos indígenas, que se deu pelos conflitos internos por lideranças e nós decidimos atender", comenta a titular da pasta. Com a readequação, ao invés dos estudantes encerrarem as atividades no dia (15) de julho e retornarem em (1º) de agosto, os alunos aderiram às férias já no dia (1º) de julho, com retorno marcado para o dia (18) do mesmo mês.
Confrontos- Dois conflitos entre indígenas e policiais militares foram registrados em Mato Grosso do Sul na sexta-feira (24), e aconteceram um dia depois do protesto nacional contra o marco temporal.
Em Mato Grosso do Sul, os guarani-kaiowá ocuparam duas áreas nas cidades de Naviraí e Amambai, distantes 359 km e 351 km de Campo Grande, respectivamente. Em Amambai, o conflito foi na fazenda Borda da Mata, chamada pelos guarani de "Território de Guapoy".
Vítimas- Ferido a tiros, o guarani-kaiowá Vito Fernandes, 42, morreu, além de um adolescente de 13 anos. Oficialmente, outros sete índios ficaram feridos, mas a comunidade afirma que pelo menos 30 foram atingidos por munições reais e de borracha, mas a maioria não procurou atendimento médico. O Choque diz que três policiais também ficaram feridos.