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Interior

Délia nomeia interina após titular pedir para sair da Secretaria de Educação

Denise Portolann vai acumular Administração e Educação; exoneração de Raufi, anunciada terça, ainda não foi oficializada

Helio de Freitas, de Dourados | 16/03/2017 12:11
Audrey Milan (à direita) com Délia Razuk (Foto: Helio de Freitas)
Audrey Milan (à direita) com Délia Razuk (Foto: Helio de Freitas)

A secretária de Administração de Dourados, Denise Portolann, foi nomeada hoje (16) para responder interinamente pela Secretaria de Educação da maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul. Ela vai acumular o cargo, vago com a saída da empresária Audrey Milan Conti, que pediu demissão nesta semana.

Oficialmente, Audrey Milan – dona de uma escola particular que até o ano passado mantinha convênio com a prefeitura para atender alunos da educação infantil – alegou motivos pessoais para deixar o cargo dois meses após a posse.

Entretanto, os comentários nos bastidores políticos revelam que ela se sentiu desprestigiada com o suposto convite da prefeita Délia Razuk (PR) para o vereador Idenor Machado (DEM) assumir a Secretaria de Educação.

O convite, não confirmado pela prefeitura, teria sido uma estratégia para garantir maioria na Câmara de Vereadores. Dos 19 vereadores, nove formam a base da prefeita e dez se declaram independentes. Se Idenor fosse para a prefeitura, a cadeira dele ficaria com um aliado de Délia, o suplente Mauricio Lemes Soares (PSB).

Entretanto, Idenor Machado, que já foi secretário de Educação por 12 anos nas décadas de 80 e 90, recusou o convite.

A edição de hoje do Diário Oficial do Município traz a exoneração de Audrey Milan e a nomeação de Denise como interina para a Educação.

Raufi Marques – Já Raufi Marques, cuja demissão foi anunciada na terça-feira desta semana, continua na Secretaria de Governo. A prefeitura não informou quando ele será substituído.

O Ministério Público recomendou a exoneração de Raufi após ele ser condenado por improbidade administrativa na ação que apurou a “farra da publicidade” no governo Zeca do PT, do qual Raufi foi secretário. A mesma sentença também condenou Zeca à suspensão dos direitos políticos por oito anos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público e receber benefícios ou incentivos fiscais.

Para o promotor de Justiça Ricardo Rotunno, a permanência de Raufi na secretaria contraria a “Lei da Ficha Limpa”, em vigor desde 2012 em Dourados.

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