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Interior

Dengue explode e cidade tem 1.061 infectados no primeiro semestre

Apesar de não aparecer entre os municípios de MS com maior incidência, Dourados teve 1.800 casos suspeitos notificados

Helio de Freitas, de Dourados | 27/07/2015 09:31
Trabalho de combate à dengue teve pouco efeito neste ano em Dourados e número de casos explodiu no 1º semestre (Foto: Arquivo)
Trabalho de combate à dengue teve pouco efeito neste ano em Dourados e número de casos explodiu no 1º semestre (Foto: Arquivo)

A epidemia de dengue explodiu no primeiro semestre de 2015 em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Das 1.800 pessoas diagnosticadas com suspeita da doença, 1.061 casos foram confirmados e o número pode aumentar, pois vários exames ainda estão sem resultado.

O número de casos de dengue confirmados na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul é espantoso se for comparado com o total de pessoas infectadas no mesmo período de 2014, quando penas 27 exames deram positivos. Em todo o ano passado foram 129 casos notificados em Dourados.

Apesar do grande número de casos em relação ao ano passado, o município não figura entre as cidades sul-mato-grossenses com maior incidência de dengue.

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, Dourados está na 44ª posição, com incidência de 828,9 (número de casos notificados a cada cem mil habitantes). Uma pessoa morreu vítima de dengue neste ano em Dourados.

As maiores incidências são em Iguatemi, município de 15.429 habitantes, com 1.280 casos (incidência de 8.296) e Selvíria, que tem 6.427 habitantes e 375 caos de dengue notificados (incidência de 5.834).

Falta cuidado – De acordo com Núcleo de Vigilância Epidemiológica, a dengue cresceu mesmo com a intensificação dos mutirões de limpeza e conscientização, feitos pela prefeitura.

A explicação é que falta cuidado por parte da própria população. Quintais cheios de mato e lixo viram criadouros do mosquito Aedes aegypti, também transmissor da febre chikungunya.

“Não adianta uma pessoa cuidar do terreno e o vizinho do lado não fazer o mesmo trabalho, ambos correm risco de pegar dengue”, afirma o gerente do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Devanildo de Souza.

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