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Interior

Depois de assassinato, pistoleiros abandonam caminhonete em chamas na fronteira

Paraguaio seria empregado de Carlos Rubén Sánchez Garcete, o “Chicharõ”, morto em agosto

Helio de Freitas, de Dourados | 09/09/2021 14:55
Policiais e moradores de povoado ao lado do corpo de paraguaio, em Karapa’i. (Foto: Direto das Ruas)
Policiais e moradores de povoado ao lado do corpo de paraguaio, em Karapa’i. (Foto: Direto das Ruas)

Pistoleiros executaram homem de 32 anos na tarde desta quinta-feira (9), na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul e depois abandonaram, em chamas, o veículo usado no crime, uma caminhonete Nissan Frontier.

Elio Amarilla Leiva, com antecedentes por homicídio, foi morto com vários tiros de fuzil no meio da rua, em Karapa’i, povoado localizado a 60 km de Capitán Bado (cidade vizinha de Coronel Sapucaia).

Segundo a polícia paraguaia, Leiva tinha trabalhado para ex-suplente de deputado paraguaio Carlos Rubén Sánchez Garcete, o “Chicharõ”, executado com pelo menos 400 tiros no dia 7 de agosto deste ano, em Pedro Juan Caballero, também na linha internacional com Mato Grosso do Sul.

Pelo menos quatro pistoleiros com armas longas dispararam na direção de Elio Amarilla Leiva, que teve o rosto desfigurado pelos tiros. Minutos depois, a caminhonete foi encontrada em chamas na Rodovia Juana María de Lara (ruta PY-11).

Veja o vídeo:

O homem estava na frente da casa de um amigo quando foi morto. Policiais paraguaios acreditam que os pistoleiros fugiram de lancha, já que a caminhonete foi incendiada a poucos metros do córrego Avara Vevé. A Polícia Nacional faz buscas na região, mas ainda não conseguiu pista dos criminosos.

Executado dentro de sua casa, em Pedro Juan Caballero (cidade-gêmea de Ponta Porã), Carlos Rubén Sánchez Garcete, o “Chicharõ”, era de Capitán Bado, de onde operava importante rota de tráfico de cocaína vinda da Bolívia. A execução de “Chicharõ”, que tinha 44 anos, foi resultado da guerra entre facções criminosas que lutam pelo controle do tráfico de drogas na fronteira.

Seus inimigos teriam colocado preço de 1 milhão de dólares pela cabeça do ex-político. Jurado de morte, Chicharõ vivia em casa com forte sistema de segurança e guarda-costas armados, mas os pistoleiros se passaram por agentes federais e o mataram dentro do quarto.

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