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Interior

Dois policiais rodoviários federais são presos durante Operação Trunk

Em Rio Brilhante foi preso Alaércio Dias Barbosa, PRF acusado de usar dinheiro do crime para arrendar um motel em Ponta Porã

Helio de Freitas, de Dourados | 31/07/2019 08:15
Motel arrendado por policial rodoviário federal preso hoje em operação contra o contrabando (Foto: Divulgação/PF)
Motel arrendado por policial rodoviário federal preso hoje em operação contra o contrabando (Foto: Divulgação/PF)

Dois policiais rodoviários federais estão entre os oito presos nesta quarta-feira (31) na Operação Trunk, desencadeada pela Polícia Federal com apoio da PRF para desarticular quadrilha de grande porte que atua no contrabando de cigarro do Paraguai para o Brasil.

O Campo Grande News apurou que em Rio Brilhante foi preso o PRF Alaércio Dias Barbosa. Ele estava de serviço no posto da Polícia Rodoviária Federal na BR-163 quando foi preso nesta manhã. O outro policial rodoviário foi preso em Nova Alvorada do Sul. Ele é conhecido como Neto. Os dois moram em Dourados.

Alaércio e o PRF preso em Nova Alvorada do Sul são acusados de receber o dinheiro da quadrilha para facilitar a passagem de carregamentos de cigarro paraguaio. Com o dinheiro da propina, Alaércio teria arrendado em Ponta Porã o Prime Motel e Pousada.

Essa é a segunda vez que Alaércio Dias Barbosa é preso acusado de envolvimento com a Máfia do Cigarro. Em 2011, ele estava entre os 26 presos na Operação Marco 334, que desmantelou cinco organizações criminosas com forte atuação na região de Mundo Novo e Eldorado.

A reportagem apurou que a quadrilha desmantelada na operação de hoje é chefiada por um paraibano conhecido como Chico, que tem casa em Ponta Porã. Ainda não há informação se ele foi preso.

A operação – As investigações que levaram à operação de hoje tiveram início em julho de 2018, com a apreensão de caminhão carregado com 430 mil maços de cigarro do Paraguai. No transcorrer das investigações foram 19 carregamentos apreendidos em caminhões e carretas e 26 pessoas presas.

Segundo a PF, os valores de produtos ilícitos apreendidos, em contagem superficial, ultrapassam R$ 70 milhões. As investigações demonstraram a participação de policiais e de um agente político na organização criminosa. A identidade do político ainda é desconhecida.

Ainda conforme a PF, os policiais envolvidos no esquema recebiam propina para facilitar a entrada do cigarro contrabandeado no território nacional e para circulação nas estradas.

Além dos oito mandados de prisão estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Federal em Campo Grande. Os mandados são cumpridos na Capital, Dourados, Ponta Porã, Rio Brilhante, Embu-Guaçu (SP) e São Bento (PB).

Veja abaixo mais imagens da operação:

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