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Interior

Dono de academia é alvo da PF por contrabando de eletrônicos

Comerciante de Mundo Novo é acusado de integrar esquema internacional de importação clandestina

Por Helio de Freitas, de Dourados | 19/03/2024 08:37
Academia de Mundo Novo está na lista de locais visitados pela PF nesta terça (Foto: Divulgação)
Academia de Mundo Novo está na lista de locais visitados pela PF nesta terça (Foto: Divulgação)

Comerciante de Mato Grosso do Sul acusado de ligação com esquema internacional de importação ilegal de eletrônicos é alvo da Operação Pandora, deflagrada nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal.

Morador em Mundo Novo, a 463 km de Campo Grande, o comerciante é dono de uma academia de musculação, onde foi cumprido o mandado de busca e apreensão. A Justiça Federal também determinou o sequestro de bens imóveis, veículos, embarcações e saldos em contas bancárias de titularidade do envolvido.

Coordenada pela Delegacia da PF em Guaíra (PR), a operação visa descapitalizar a organização criminosa responsável pelo esquema de importação clandestina de eletrônicos procedentes do Paraguai. As mercadorias eram adquiridas por vendedores atacadistas e introduzidas irregularmente no mercado brasileiro para revenda.

Pelo menos 20 policiais federais e 60 policiais militares do Bpfron (Batalhão de Polícia de Fronteira) foram mobilizados para cumprir o mandado em Mundo Novo.

Conforme a PF, a ação de hoje é continuidade da Operação Grade A, deflagrada em outubro do ano passado pela Polícia Federal e pela Receita Federal do Brasil.

A investigação teve início com a prisão em flagrante de três integrantes do grupo que atuavam como “freteiros” e transportavam grandes quantidades de mercadorias estrangeiras ocultas em fundos falsos de veículos.

Após aquela operação, foi identificado que o comerciante de MS também integrava a organização criminosa. Segundo a PF, o estabelecimento vinculado a este indivíduo, onde ocorreram as buscas, foi constituído e mantido com dinheiro proveniente do descaminho de mercadorias com o objetivo de dar aparência de legalidade ao patrimônio movimentado.

As medidas adotadas hoje objetivam a descapitalização do grupo, visando assim inibir práticas criminosas futuras, bem como garantir o ressarcimento do dano ao erário público.

Estima-se que os criminosos tenham internalizado pelo menos R$ 250 milhões em mercadorias desde o início da pandemia de covid-19, quando ocorreu o fechamento prolongado das fronteiras entre o Brasil e o Paraguai.

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