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Interior

Executados em “zona de guerra” na fronteira tinham entre 19 e 29 anos

Pista em local indica ação de “justiceiros”, mas pode ser estratégia para enganar policiais

Helio de Freitas, de Dourados | 18/05/2021 10:11
Facão usado como peso sobre bilhete deixado em cima de um dos corpos (Foto: ABC Color)
Facão usado como peso sobre bilhete deixado em cima de um dos corpos (Foto: ABC Color)

Os três homens executados na madrugada de hoje (18) na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul tinham entre 19 e 29 anos. As mortes ocorreram no município de Yby Yaú, no Departamento (equivalente a Estado) de Concepción, a 100 km de Ponta Porã (MS).

Em uma estrada vicinal na colônia Ñepytyvõ, foram encontrados os corpos de Lugo Pereira, 19, e Alan Ulisses Pereira, 20, ambos oriundos de Arroyito, povoado do mesmo departamento, localizado a 42 km de Yby Yaú.

Os dois foram mortos com tiros na cabeça e golpes de faca. Sobre um dos corpos foi deixado pedaço de papelão com a frase “não roubar”, mensagem costumeiramente usada como recado pelo grupo de extermínio “Justiceiros da Fronteira”. Um facão foi usado como peso para o bilhete não ser levado pelo vento.

Policiais paraguaios não descartam a participação dos “justiceiros” na dupla execução, mas admitem que pode ter sido apenas estratégia dos matadores para dificultar as investigações.

O terceiro morto foi identificado como Reinaldo de León, 29, o “Kuarahy”, com antecedentes por furto. Ele estava em sua casa quando quatro homens armados chegaram e tentaram levá-lo à força.

Reinaldo tentou lutar com os bandidos, mas foi executado a tiros de pistola 9 milímetros na frente da casa. Os executores ainda desferiram golpes com facão no pescoço da vítima para tentar cortar a cabeça, mas não conseguiram concluir a decapitação. Ainda não há informações de ligação entre as três mortes.

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