Executados em “zona de guerra” na fronteira tinham entre 19 e 29 anos
Pista em local indica ação de “justiceiros”, mas pode ser estratégia para enganar policiais
Os três homens executados na madrugada de hoje (18) na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul tinham entre 19 e 29 anos. As mortes ocorreram no município de Yby Yaú, no Departamento (equivalente a Estado) de Concepción, a 100 km de Ponta Porã (MS).
Em uma estrada vicinal na colônia Ñepytyvõ, foram encontrados os corpos de Lugo Pereira, 19, e Alan Ulisses Pereira, 20, ambos oriundos de Arroyito, povoado do mesmo departamento, localizado a 42 km de Yby Yaú.
Os dois foram mortos com tiros na cabeça e golpes de faca. Sobre um dos corpos foi deixado pedaço de papelão com a frase “não roubar”, mensagem costumeiramente usada como recado pelo grupo de extermínio “Justiceiros da Fronteira”. Um facão foi usado como peso para o bilhete não ser levado pelo vento.
Policiais paraguaios não descartam a participação dos “justiceiros” na dupla execução, mas admitem que pode ter sido apenas estratégia dos matadores para dificultar as investigações.
O terceiro morto foi identificado como Reinaldo de León, 29, o “Kuarahy”, com antecedentes por furto. Ele estava em sua casa quando quatro homens armados chegaram e tentaram levá-lo à força.
Reinaldo tentou lutar com os bandidos, mas foi executado a tiros de pistola 9 milímetros na frente da casa. Os executores ainda desferiram golpes com facão no pescoço da vítima para tentar cortar a cabeça, mas não conseguiram concluir a decapitação. Ainda não há informações de ligação entre as três mortes.