Filho de deputado é alvo de plano de assassinato na prisão na fronteira
Agentes descobriram armas e chegaram a dois internos envolvidos na trama para executar Alexandre Gomes
Agentes penitenciários do Paraguai descobriram suposto plano para assassinar, na cadeia, Alexandre Rodrigues Gomes, filho do deputado colorado Eulalio Gomes, o “Lalo”, morto por policiais paraguaios durante operação em sua casa, em Pedro Juan Caballero, em agosto de 2024.
Alexandre foi alvo da mesma operação contra Lalo Gomes por suspeita de ligação com lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Ele chegou a fugir do cerco policial, mas se entregou horas depois.
Quase um ano após a prisão, Alexandre Gomes está recolhido na Penitenciária Cereso, em Cambyretá, no departamento de Itapuá, a cerca de 700 km de Pedro Juan Caballero.
Nesta semana, após o comando do presídio identificar suposto plano para assassinar Alexandre, os guardas fizeram pente-fino e encontraram um revólver 38, uma pistola 22 e 28 cartuchos no pavilhão ocupado por presos ligados à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
De acordo com a imprensa paraguaia, as armas estavam na cela de Pascual Benitez Miranda, 41, um conhecido sicário (matador profissional) condenado a 29 anos de prisão e apontado como autor de vários assassinatos naquela região do país, inclusive de dois policiais, em 2016.
Outro detento apontado como integrante do plano para matar Alexandre Gomes é Ronald Xavier Núñes, 28, também oriundo de Pedro Juan Caballero e acusado de ser um dos pistoleiros que mataram seis pessoas, em janeiro de 2024, numa fazenda em Cerro Corá, a 30 km de Ponta Porã (MS).
Nesta quinta-feira (12), o advogado Óscar Tuma informou que pediu ao Ministério da Justiça do Paraguai a transferência de Alexandre Gomes para a Penitenciária de Emboscada, por medida de segurança. Ele disse que seu cliente está tranquilo e não recebeu nenhuma ameaça.
Lalo Gomes – Pecuarista, ex-presidente da ARP (Associação Rural do Paraguai) e deputado pelo Partido Colorado, Lalo Gomes tinha forte influência política na linha internacional. Ele e o filho foram acusados pelo Ministério Público daquele país de ligação com narcotraficantes da linha internacional, entre eles o brasileiro Jarvis Gimenes Pavão.
Na madrugada de 19 de agosto do ano passado, equipes especiais da Polícia Nacional, vindas da capital Asunción, entraram na casa de Lalo para cumprir mandado de busca e apreensão.
Armado, o deputado teria atirado nos policiais e foi morto dentro do quarto onde dormia com a esposa. A família diz que o deputado foi executado. Quase um ano depois, o caso ainda não foi esclarecido.
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