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Interior

Foram expostas de maneira covarde, diz presidente sobre meninas mortas

Abdo Benítez esteve no local do confronto na fronteira onde garotas foram abatidas

Helio de Freitas, de Dourados | 04/09/2020 14:57
Presidente do Paraguai Mario Abdo Benítez fala em evento nesta sexta em Caaguazú (Foto: Divulgação)
Presidente do Paraguai Mario Abdo Benítez fala em evento nesta sexta em Caaguazú (Foto: Divulgação)

O presidente do Paraguai Mario Abdo Benítez disse nesta sexta-feira (4) que as duas meninas de 11 anos, abatidas quarta-feira (2) por militares paraguaios em Concepción, a 100 km da fronteira com Mato Grosso do Sul, foram expostas “de maneira covarde” por guerrilheiros do EPP (Exército do Povo Paraguaio).

Na quarta-feira, Abdo Benítez percorreu o local do confronto e posou para fotos com militares em frente aos barracos usados pelos guerrilheiros.

Hoje, jornais do Paraguai e da Argentina deram amplo espaço para noticiar a “operação fracassada” da FTC (Força-Tarefa Conjunta) que deixou duas crianças mortas. Entidade argentina que reúne advogados independentes acusou o governo paraguaio de terrorismo.

“Tenho filhos adolescentes, pequenos. Em consequência da violência, as vítimas são crianças expostas de forma covarde e irresponsável. É uma dor no coração, como ser humano e como pai, é doloroso”, afirmou o mandatário paraguaio em evento do governo em Caaguazú, cidade a 180 km da capital Asunción.

“Espero poder buscar no diálogo e não pela violência a solução para os conflitos naturais da República, criados por dívidas históricas”, afirmou.

Abdo Benítez, no entanto, deixou claro que não pretende baixar guarda com os guerrilheiros do EPP ao afirmar que mantém sua missão com o povo que respeita a ordem, a legalidade e a Constituição Nacional.

De manhã, o assessor do alto comando das Forças Armadas do Paraguai, general Héctor Grau, rebateu denúncias de pessoas ligadas a líderes do EPP de que as crianças foram executadas e depois de mortas vestidas com roupas camufladas, para esconder a trapalhada.

Segundo ele, Lilian Mariana Villalba, nascida em 29 de outubro de 2008, e María Carmen Villalba, nascida em 5 de fevereiro de 2009, foram surpreendidas durante a operação e que o objetivo principal não era atacar. Nenhum guerrilheiro foi preso ou abatido no suposto confronto.

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