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Interior

Gaeco recorre à Interpol para prender chefão violento da quadrilha “de luxo”

Helio de Freitas, de Dourados | 27/11/2014 19:43
Ex-agricultor familiar, Edinei é apontado pelo Gaeco como bandido extremamente perigoso; ele estaria escondido no Paraguai (Foto: Reprodução/Gaeco)
Ex-agricultor familiar, Edinei é apontado pelo Gaeco como bandido extremamente perigoso; ele estaria escondido no Paraguai (Foto: Reprodução/Gaeco)

Edinei Pedroso de Moraes, o “Cupim” ou “Neno”, um ex-agricultor familiar de 32 anos, que morava em um assentamento rural no município de Nova Andradina, é apontado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) como um dos principais cabeças da quadrilha que usava carros de luxo para transportar maconha, desmantelada nesta quinta-feira pela Operação Dublê.

Agora com três mandados de prisão decretados pela Justiça, Edinei é uma das cinco pessoas que não foram localizadas durante a operação realizada nesta quinta-feira em Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. Segundo o Gaeco, ele está escondido em território paraguaio, na região de Capitán Bado, onde mantém uma base de operação.

Edinei Moraes foi apontado pelo promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, coordenador do Gaeco em Mato Grosso do Sul, como extremamente violento e perigoso e que seria responsável em ordenar roubos, assassinatos e latrocínios para atingir seus objetivos.

Marcos Alex não descartou, inclusive, a ligação de “Cupim” com o assalto ao comerciante de Dourados, ocorrido nesta quinta-feira, cujos assaltantes trocaram tiros com policiais na região de Coronel Sapucaia, com a caminhonete Hilux roubada. Um morreu e outro ficou ferido.

“Pelas características do roubo e do veículo, semelhantes casos ocorridos até em outros estados, há uma grande possibilidade de ser crime a mando desse integrante da quadrilha que está em território paraguaio. É extremamente importante e urgente a prisão desse cidadão, que vem encomendando roubo desses veículos, principalmente caminhonetes. Enquanto ele não for preso, infelizmente veremos notícias de latrocínios e roubos como esse”, declarou o promotor.

Outros envolvidos – Além de Edinei Moraes, o juiz Rubens Witzel Filho, da 1ª Vara Criminal de Dourados, decretou a prisão de outras 20 pessoas por envolvimento com a quadrilha de traficantes. Nove já estavam em presídios, de onde continuavam ajudando o bando a arregimentar comparsas e distribuir a droga, sete foram recolhidas nesta quinta e quatro, assim como Cupim, estão foragidas.

Os acusados que já se encontravam presos são Douglas Neves de Souza, Emerson José Neves de Lira, Franklin Almada Ajala Ferreira, Geanderson da Silva Banheza, Ailton Luiz Schweich, Murilo Toledo Pacheco, Kamila Gomes de Aguiar, Wesley Neves de Castro e Danilo Alves de Jesus da Silva.

Os que estavam em liberdade e foram presos pelo Gaeco são Maria Muniz da Silva, moradora em Goiânia e apontada como uma das chefes da quadrilha; Luciana Alvez Borges, Wagner Moreira da Silva, sobrinho de Maria e que foi preso em Coronel Sapucaia; Jairo Rodrigo Censi Casari, preso em Dourados; Danilo Aparecido da Silva, preso em Barrinha (SP); Gival Batista de Souza e Srimati Radharani Gonçalves Paula Passos, 20 anos, que foi presa no estado de Goiás.

Além de Edinei Moraes, o Gaeco ainda tenta localizar Diego Peralta Carneiro, Felipe Néri Colman Lopes, Rosangela Almeida e Isabella Alves da Silva.

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