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Interior

Guerrilheiros desmentem traficante brasileiro preso no Paraguai

Polícia apreendeu panfletos em que o grupo nega ligação com Jarvis Pavão e acusa governo de se aliar aos narcotraficantes

Helio de Freitas, de Dourados | 29/11/2016 14:18
Jarvis Pavão conduzido por policiais; ele está preso no Paraguai (Foto: ABC Color)
Jarvis Pavão conduzido por policiais; ele está preso no Paraguai (Foto: ABC Color)

O grupo guerrilheiro EPP (Exército do Povo Paraguaio), que luta contra o governo do Paraguai, promove sequestros e já fez ataques com várias mortes de policiais do país vizinho, negou ligações com o traficante brasileiro Jarvis Gimenez Pavão, que está preso em Assunção.

Os terroristas também desmentem Pavão, que em setembro deste ano disse ter negociado a libertação de um dos reféns do EPP, o filho de brasileiros Arlan Fick Bremm, sequestrado pelo grupo em 2014 e libertado no ano passado.

Na semana passada, policiais paraguaios prenderam três integrantes do EPP que carregavam uma grande quantidade de panfletos com um comunicado do grupo guerrilheiro desmentindo ligação com Pavão e acusando o presidente Horário Cartes de se aliar aos narcotraficantes para enfrentar a guerrilha.

Em outra parte do comunicado, o EPP acusa a principal advogada de Pavão, a paraguaia Laura Marcela Casuso, de tentar enganar o grupo em conluio com o governo paraguaio.

Segundo os terroristas, Laura se ofereceu para fornecer armas para a guerrilha, mas eles perceberam que o armamento tinha um sistema de GPS, que levaria as forças armadas paraguaias até os acampamentos onde se escondem os líderes do EPP.

Fazendeiro sequestrado – Também na semana passada, Jarvis Pavão foi procurado para ajudar no resgate do fazendeiro paraguaio Félix Urbieta Ramírez, 66, sequestrado no dia 12 de outubro deste ano pelo EPP.

A mulher de Félix, as duas filhas dele e o sobrinho, que é prefeito da cidade de Horqueta, foram até a cela de Pavão e lhe pediram dinheiro para pagar o resgate de 500 mil dólares. Laura Casuso, informou que Pavão não ajudou, porque tem outras “prioridades financeiras” no momento.

Liliana Urbieta, uma das filhas de Félix Ramírez, disse em entrevista à rádio paraguaia ABC Cardinal que a família foi pedir dinheiro a Pavão, mas também ajuda e esperança. “Necessitamos de recursos. Para trazer meu papai vivo somos capazes de negociar com Satanás”, afirmou. “Ele é uma excelente pessoa, mas não pode ajudar”.

Ela disse que a família só procurou Pavão após tentar por várias vezes, sem sucesso, uma audiência com o presidente Horácio Cartes.

Segundo a polícia paraguaia, o fazendeiro está em poder de um grupo do EPP comandado pelo fugitivo Alejandro Ramos Morel, o “Jota”, um dos chefes do grupo terrorista, que também mantém em cativeiro o policial Edelio Morínigo e dois religiosos menonitas Abrahán Fehr Banman e Franz Wiebe Boschman.

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