Herdeiros do tráfico escondiam drogas em cofres como reserva financeira
Imóvel pertencia ao traficante Mauro Adorno, que chefiava grande parte das “bocas de fumo” mesmo após prisão
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul descobriu um esquema sofisticado de tráfico de drogas em Maracaju, a 159 km de Campo Grande. A operação Casa Bomba II revelou que entorpecentes eram escondidos em compartimentos secretos camuflados como tomadas nas paredes de uma residência em construção no Bairro Ilha Bela II. O imóvel pertencia ao traficante Mauro da Silva Adorno, morto em dezembro na Penitenciária da Gameleira II. A organização criminosa, agora liderada por sua viúva Miqueli Regina Salvador, manteve o esquema que utilizava as drogas como reserva de valor. Em julho, foram apreendidos 500 gramas de crack e 1,5 quilo de cocaína pura, avaliados em R$ 120 mil.
Cofres que escondiam drogas e estavam camuflados em paredes revelaram um esquema sofisticado de tráfico em Maracaju, cidade a 159 km de Campo Grande. Os responsáveis pela quadrilha foram alvos da Operação Casa Bomba II, deflagrada nesta quarta-feira (10). A ação é desdobramento da apreensão feita em julho, quando entorpecentes foram encontrados em compartimentos secretos dentro de uma casa usada pela organização criminosa como reserva de valor.
Na ocasião, as drogas - avaliadas em cerca de R$ 120 mil - estavam guardadas em compartimentos camuflados no formato de tomadas, dentro de uma casa em construção no Bairro Ilha Bela II, em Maracaju. O imóvel pertencia ao traficante Mauro da Silva Adorno, 39 anos, que chefiava grande parte das “bocas de fumo” da cidade mesmo após ser preso. Segundo a investigação, ele usava tanto o imóvel quanto a droga como “reserva financeira”.
A casa ficou conhecida como “casa bomba”, por armazenar grandes quantidades de droga antes da distribuição. No flagrante de julho, foram encontrados 500 gramas de crack e 1,5 quilo de cocaína pura, que renderiam cerca de R$ 100 mil no varejo. Todo o valor usado na construção do imóvel, conforme a polícia, tinha origem no tráfico.
Após a apreensão, a Polícia Civil iniciou investigações que identificaram uma organização criminosa atuante na cidade. O grupo teria assumido os pontos de venda e mantido o esquema mesmo após a morte de Mauro Adorno - espancado na Penitenciária da Gameleira II, no dia 7 de dezembro, por rivais que alegaram “guerra de rua”.
Durante as novas apurações, ficou constatado que o imóvel utilizado para esconder a droga havia sido comprado com dinheiro ilícito e que o grupo continuava usando os cofres na parede para armazenar os entorpecentes.
Com as provas reunidas, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva dos integrantes e pelo sequestro do imóvel. As ordens judiciais foram cumpridas na manhã de hoje.
Ao todo, dois mandados de prisão foram executados contra líderes da organização e outras quatro pessoas foram conduzidas por estarem na posse de porções de droga.
Os alvos: Miqueli Regina Salvador é viúva de Mauro Adorno, considerada herdeira das bocas de fumo. Possui diversas passagens por tráfico; Gustavo Henrique de Souza Figueiredo era o braço direito de Mauro, responsável pela parte financeira do grupo. Tem passagens por tráfico e está foragido há oito meses; e Agnaldo de Souza Ferreira - também braço direito do chefe do tráfico. Administrava o imóvel onde a droga era escondida e possui diversas passagens por tráfico.
Os irmãos Lucas Riquelme Monteiro, 33, e Dair Siriano Soares Júnior, 24, confessaram ter matado Mauro em Maracaju, alegando retaliação. Ele apresentava lesões graves na cabeça e o pescoço quebrado quando foi encontrado. Os dois foram autuados em flagrante.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

