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Interior

Homem que matou esposa grávida é preso depois de 4 dias

Vítima ficou 10 dias internada e, antes de morreu, sofreu um aborto no hospital

Por Antonio Bispo | 03/03/2024 10:21

Fernando foi preso na manhã deste domingo (Foto: Reprodução/divulgação)
Fernando foi preso na manhã deste domingo (Foto: Reprodução/divulgação)

Fernando Chucarro Dias, de 35 anos, foi preso na manhã deste domingo (3), em Bela Vista, distante 324 quilômetros de Campo Grande, suspeito de espancar e matar a esposa, Gisely Duarte Galeano, 35, que morreu no dia 28 de fevereiro, após passar 10 dias internada.

De acordo com a Polícia Civil, a prisão aconteceu por uma equipe da SIG (Seção de Investigações Gerais), mas não foi informado o local onde o homem foi encontrado. Fernando responderá pelos crimes de feminicídio qualificado e majorado pela gravidez e aborto provocado por terceiro.

O caso - Em boletim de ocorrência registrado na DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Ponta Porã, onde a vítima morava, a irmã dela apontou o cunhado, Fernando Chucarro Dias, 35, como autor das agressões que provocaram o aborto e a morte de Gisely.

Segundo a comunicante, Gisely e Fernando moravam no Jardim Primor, em Ponta Porã. No dia 3 deste mês, ela teria sido agredida pelo marido e impedida por ele de acionar a Polícia Militar e de registrar ocorrência na Polícia Civil.

Gisely Duarte Galeano, vítima de feminicídio (Foto: Reprodução)
Gisely Duarte Galeano, vítima de feminicídio (Foto: Reprodução)


Como a vítima havia prometido denunciá-lo, Fernando foi embora para Bela Vista, onde moram seus familiares. No dia 5, Gisely conseguiu registrar a ocorrência, mas, segundo a polícia, não quis pedir medidas protetivas. A mulher já suspeitava que estava grávida, mas ainda não havia feito exame.

Ainda segundo a irmã, no dia 18, Fernando manteve contato com Gisely e ela viajou até Bela Vista para se encontrar com o marido. Conforme a denúncia, Gisely sofreu série de agressões assim que chegou a Bela Vista. No mesmo dia, retornou para Ponta Porã machucada, foi para a casa e não contou nada para ninguém.

No dia seguinte, a irmã foi de novo ao local e dessa vez conseguiu entrar. Gisely estava deitada no sofá reclamando de fortes dores abdominais. Com a ajuda do pai, a irmã a levou ao Hospital Cassems, onde foram contatados o aborto e derrame encefálico.

Devido à gravidade do caso, Gisely Galeano foi transferida imediatamente para o Hospital Cassems em Dourados. Ontem, ela morreu em decorrência das agressões.

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