Indígenas querem enterrar parente em local da morte, mas temem novo conflito
O velório ocorre desde às 21 horas de ontem na Terra Indígena Amambai
O velório do guarani-kaiowá Vito Fernandes, 42 anos, morto em conflito no entorno da Terra Indígena Amambai, localizada na cidade de mesmo nome, ocorre desde às 21 horas de ontem e o velório deve ocorrer no local onde ele morreu, na lavoura da Fazenda Borda da Mata.
No entanto, a ação pode incorrer em novo confronto, já que a Polícia Militar está na sede da propriedade. Para os indígenas, há um significado espiritual dos enterros ocorrerem no local da morte, principalmente por ser considerada tradicional.
O grupo ainda não sabe quando o sepultamento poderá ser realizado e espera a chegada de mais indígenas para levarem o corpo. O indígenas sabem ser arriscado acessar o local, e ainda haverá definição da família decidir efetivamente sobre o enterro.
Nas redes sociais, a Aty Jovem, assembleia dos jovens guarani-kaiowá, mostrou fotos do velório com a legenda: “no momento está tendo velório nosso guerreiro Víto Fernandes, onde ocorreu massacre de Guapo’y aqui em Amambaí. Doi tanto pra nos kaiowa e guarani (sic)”.