Instituição denunciou ex-coordenadora por desvio de R$ 60 mil, diz advogada
Casa de acolhimento esclarece que fez auditoria, constatou fraude e fez denúncia contra a suspeita
Em nota enviada neste sábado (4), a instituição onde funciona a Residência Inclusiva da Grande Dourados esclareceu que ela própria identificou e denunciou o desvio de cerca de R$ 60 mil em BPC (Benefício de Prestação Continuada) das contas bancárias de pessoas com deficiência física e intelectual acolhidas na casa.
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A Residência Inclusiva da Grande Dourados denunciou um desvio de aproximadamente R$ 60 mil em benefícios de pessoas com deficiência acolhidas na instituição. A fraude, descoberta após inconsistências em prestações de contas de 2023, foi atribuída a uma ex-coordenadora demitida. A instituição realizou uma auditoria interna, comunicou o caso ao Ministério Público e à polícia, e o caso, que prejudicou 10 residentes, permanece em investigação.
O caso de fraude foi divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul em 30 de dezembro de 2024, aproximadamente um ano após um dos acolhidos registrar boletim de ocorrência, orientado por representante da casa de acolhimento.
Inconsistências na prestação de contas de 2023 fizeram o presidente da Residência Inclusiva suspeitar de uma ex-coordenadora. Enquanto ela tirava férias, uma auditoria interna foi feita, constatando a irregularidade. A suspeita pelo desvio foi demitida antes que voltasse ao trabalho.
"A ex-coordenadora encaminhava trimestralmente as notas ao Ministério Público e à Secretaria, mas só no final de 2023, ele [o presidente] desconfiou de algumas inconsistências. Em visita à residência, indagou a um dos acolhidos, que disse não estar gastando daquele jeito para estar 'no vermelho'", detalhou a advogada que representa a residência.
A casa acolhe pessoas de 18 a 59 anos de idade, que não têm vínculo familiar ou cujas famílias não têm condições de cuidá-los. A fraude prejudicou 10 dos residentes.
"De posse do documento da auditoria, com as evidências obtidas, o presidente da instituição comunicou a situação ao Promotor de Justiça de Dourados, à época, bem como, solicitou que a equipe técnica acompanhasse um dos residentes à delegacia, para lavrar um Boletim de Ocorrência e efetuou o desligamento da ex-coordenadora", descreve ainda a nota.
Segundo a Polícia Civil, a ex-coordenadora respondeu pela residência entre novembro de 2022 e dezembro de 2023. O caso segue em investigação há mais de um ano.
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