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Interior

Jovem tenta fugir de ônibus, dois dias depois de confessar assassinato

Renata Volpe Haddad | 13/07/2017 08:23
Aguilar era PM da reserva e atualmente exercia a função na UNEI da cidade. (Foto: Reprodução)
Aguilar era PM da reserva e atualmente exercia a função na UNEI da cidade. (Foto: Reprodução)

Dois dos três acusados do assassinato do cabo da reserva da Polícia Militar, Luiz Vargas Aguilar, 55, que aconteceu no dia 8 de julho, já estão presos. Um deles, Flávio Elias Magalhães da Silva, de 19 anos, que na segunda-feira (10) foi até a Polícia Civil assumiu a autoria do crime e foi liberado por não estar em flagrante, foi preso ontem (12) tentando embarcar em um ônibus para fugir da cidade.

O terceiro envolvido, Emerson Castedo, 25, que deu o tiro no PM, ainda não teve a prisão decretada. O crime aconteceu em Corumbá, distante 419 km de Campo Grande e causou grande comoção na cidade.

Depois de ser levado para a delegacia, Flávio desmentiu a primeira versão de que tinha agido sozinho e explicou que assumiu a autoria do crime porque os outros envolvidos teriam filhos. Além dele, também foi preso Bruno da Silva Santos, de 26 anos, que já tinha mandado de prisão expedido por outra situação.

Conforme informações do site Diário Corumbaense, a morte do policial começou por causa de uma briga por chinelos. A Polícia Civil apurou que os acusados teriam rixas com moradores do bairro Guató.

Flávio teria ido ao local comprar pipas em companhia de um primo menor de idade, quando outros jovens correram ao vê-lo, deixando para trás, pares de chinelos. Flávia teria destruído os calçados e a mãe de um dos jovens acionou o policial militar para resolver a situação.

Delegado apresenta arma utilizada no crime, que matou o cabo da PM, Luiz Vargas. (Foto: Anderson Gallo/ Diário Corumbaense)
Delegado apresenta arma utilizada no crime, que matou o cabo da PM, Luiz Vargas. (Foto: Anderson Gallo/ Diário Corumbaense)

O delegado Pablo Farias, explica a situação. "Quando o cabo Aguilar chegou à conveniência encontrou um rapaz, que seria amigo do trio e que a princípio não teve participação no crime. Nesse momento, Flávio estava dentro da conveniência e Bruno, que estaria fora, entrou rapidamente no bar, saiu, agarrou o policial e atirou com um revólver calibre 22. Em seguida, Emerson surgiu e deu o segundo tiro, com uma espingarda calibre 28, o que causou a morte do policial. O tiro entrou na axila, quase à queima-roupa, da esquerda para a direita, de cima para baixo, o que provavelmente indica que o policial estava inclinado", esclareceu.

Não há confirmação de que o primeiro tiro tenha acertado o cabo Aguilar. A espingarda foi apreendida, enquanto o revólver deve ser apresentado pelo pai de Bruno. O laudo que deve indicar se houve o disparo da arma calibre 22 deve ficar pronto dentro de dez dias.

Bruno e Emerson foram indiciados por homicídio e Flávio por participação no crime. A Polícia Civil já pediu a prisão de Emerson, autor do tiro que causou a morte do policial, mas segundo o delegado, ele pode se apresentar.

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