Juiz decreta preventiva e manda primo do “barão da droga” para o presídio
Tales Novaes Gimenes era procurado por porte ilegal de arma e foi preso mais uma vez com pistola de uso restrito
Tales Novaes Gimenes, 25, primo do narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, conhecido como “barão da droga” e principal fornecedor de cocaína através do Paraguai para o Brasil, foi levado na tarde de hoje (28) para o presídio de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande.
Procurado por porte ilegal de arma de uso restrito, Tales foi preso por policiais federais quando deixava um circo em Ponta Porã na noite de domingo. Mais uma vez ele estava armado. Com ele os policiais encontraram uma pistola Glock 9mm, arma de calibre restrito e numeração raspada.
Durante a audiência de custódia na Justiça Federal, o juiz transformou o flagrante em prisão preventiva e a PF levou o rapaz para o presídio.
Acompanhado de seguranças, ele se preparava para voltar ao território paraguaio, onde estava foragido, quando foi preso pelos agentes federais. A prisão causou confusão no circo e muitas pessoas reclamaram nas redes sociais da forma como os policiais agiram.
De acordo com nota oficial encaminhada pela Polícia Federal, Tales Gimenez estava foragido da Justiça desde fevereiro do ano passado. Segundo a PF, com a informação de que o foragido estava acompanhado por seguranças e sairia do espetáculo circense direto para Pedro Juan Caballero, os policiais federais escolheram o melhor momento para cumprir o mandado de prisão “de forma discreta e descaracterizada”, para proteger a população local.
“Entretanto, quando percebeu a aproximação dos policiais, Gimenes tentou esconder a pistola e seu celular. Devido à resistência à prisão e tentativa de fuga, o alvo teve que ser imobilizado pelos policiais”, afirma a PF.
Segundo o site Porã News, Tales teria sido preso após agredir um policial federal em um bar da fronteira. Entretanto, a PF não se manifestou sobre esse caso.
O primo famoso de Tales, Jarvis Gimenes Pavão, cumpriu oito anos de prisão no Paraguai e em dezembro do ano passado foi deportado para o Brasil e atualmente cumpre pena no Presídio Federal de Mossoró (RN).
No dia 18 deste mês, Jarvis Pavão foi condenado a mais 10 anos e 9 meses de prisão por tráfico de cocaína. A pena foi aplicada pelo juiz federal Rafael Farinatti Aymone, da 5ª Vara Federal de Caxias do Sul (RS), na ação penal instaurada após a Operação Coroa, desencadeada no ano passado.
Investigações da polícia brasileira e do serviço de inteligência da polícia do Paraguai revelaram que mesmo recolhido nos presídios paraguaios, Pavão continuou controlando a remessa de cocaína para o Brasil.