Juiz decreta prisão de homem flagrado com droga, armas e R$ 1,7 milhão
Defesa diz que Marcelo Pereira de Abreu é trabalhador e não participa de facção criminosa
A Justiça Estadual decretou a prisão preventiva de Marcelo Pereira de Abreu, 36, apontado pela Polícia Federal como integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). No domingo (5), ele foi flagrado com 88,5 quilos de cocaína pura, R$ 1.722.285,00 em espécie, uma pistola Taurus 380 e um fuzil Colt de fabricação norte-americana.
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A Justiça Estadual decretou a prisão preventiva de Marcelo Pereira de Abreu, 36 anos, após ser flagrado com 88,5 quilos de cocaína pura, R$ 1,7 milhão em espécie, uma pistola Taurus 380 e um fuzil Colt em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul. A prisão ocorreu durante operação conjunta da Polícia Federal e Polícia Militar Rodoviária. O suspeito, apontado como integrante do PCC, foi detido em sua residência no Residencial Jamil Saldanha Derzi III. Apesar de a defesa alegar que Abreu é trabalhador e solicitar liberdade provisória devido a um quadro de tuberculose, o juiz Diogo de Freitas manteve a prisão preventiva, determinando atendimento médico na unidade prisional.
A prisão ocorreu durante operação conjunta da PF e da PMR (Polícia Militar Rodoviária) em Ponta Porã, a 313 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai. A defesa nega que Marcelo faça parte da facção e diz que ele é trabalhador (leia a nota abaixo).
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Inicialmente representada pela Defensoria Pública e depois pela advogada criminalista Kátia Regina Baez, a defesa de Marcelo de Abreu pediu a liberdade provisória alegando ser desnecessária a decretação da preventiva. Também solicitou que ele não fosse levado para o presídio por ter tuberculose. Exames médicos foram anexados aos autos.
Entretanto, durante a audiência de custódia nesta segunda-feira (6), o juiz Diogo de Freitas rejeitou os argumentos e decretou a prisão preventiva de Marcelo de Abreu.
“A aplicação de medidas cautelares alternativas se mostra insuficiente e inadequada, de modo que a medida extrema se revela a única idônea à garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal”, afirmou o magistrado. Sobre o diagnóstico de tuberculose, Diogo de Freitas determinou que a unidade prisional forneça os medicamentos necessários “mediante prévio atendimento médico”.
A prisão – Com antecedentes criminais por tráfico, posse ilegal de arma e violência doméstica, Marcelo de Abreu foi preso na casa onde mora com a esposa, na Rua Antônio Hernandez Jurado, no Residencial Jamil Saldanha Derzi III.
De acordo com a Polícia Federal e a PMR, ele foi localizado após uma denúncia anônima revelar que um suposto integrante de facção criminosa estaria intermediando cargas de cocaína e armazenando a droga e dinheiro em casa. Imagens encaminhadas à polícia mostravam uma vultosa quantia em dinheiro e armas de fogo na área gourmet da residência.
Preso sem oferecer resistência, Marcelo de Abreu foi levado para a delegacia da Polícia Federal e autuado em flagrante. Durante o procedimento, ele usou o direito de permanecer em silêncio. A polícia informou que havia contra ele um mandado de prisão expedido pela Justiça de São Paulo, mas essa situação foi rechaçada pela defesa.
Em nota encaminhada ao Campo Grande News, a advogada Kátia Regina Baez disse que Marcelo não é integrante de organização criminosa, não possui qualquer mandado de prisão em aberto e não responde por crimes que justifiquem “medidas extremas” como as que foram noticiadas.
“Trata-se de um homem trabalhador com residência fixa, vínculo familiar sólido e histórico de vida honesto. A defesa reafirma que, no decorrer do processo, todos os fatos serão devidamente esclarecidos, com total confiança de que a verdade prevalecerá e a justiça será restabelecida”, afirmou.
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