Juiz ordena e presídio de Assunção recebe matador de Jorge Rafaat
Brasileiro Sergio Lima dos Santos foi levado na tarde de hoje do quartel da polícia paraguaia para presídio de Tacumbú
Depois de recusar ontem (4) o brasileiro Sergio Lima dos Santos, 34, acusado de manusear a metralhadora antiaérea usada na execução do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, a direção do presídio de Tacumbú, em Assunção, no Paraguai, teve de aceitar o prisioneiro na tarde desta terça-feira (5). O ataque que matou Rafaat ocorreu em Pedro Juan Caballero, no dia 15 de junho.
Ontem, o brasileiro chegou a ser levado do quartel do grupo especial da Polícia Nacional para o presídio, mas foi recusado pela direção. Em fevereiro deste ano, o governo daquele país determinou que o presídio recebesse novos internos por causa da superlotação. Na época tinha 4.300 presos no espaço onde deveriam existir no máximo 1.687 detentos.
Nesta terça-feira, depois de tentar, sem sucesso, que o brasileiro fosse aceito em outros presídios, o juiz Édgar Ramírez determinou que o diretor do presídio, Luis Barreto, recebesse Sergio dos Santos.
Sergio dos Santos, que é natural do Rio de Janeiro, ficou 15 dias em um hospital particular na cidade de Fernando de la Mora, na região metropolitana da capital, e na quinta-feira (30) foi transferido para uma cela improvisada no quartel de um grupo especial da Polícia Nacional, em Assunção.
Por decisão do juiz Édgar Ramírez, ele deveria permanecer pelo menos dez dias no local, até se recuperar e ter condições de ir para o presídio, mas o quadro de saúde do brasileiro se agravou no fim de semana.
O diretor de Assuntos Penitenciários do Ministério de Justiça, Artemio Vera, confirmou ao jornal ABC Color que o brasileiro já está na enfermaria de Tacumbú. Ele ainda se recupera do ferimento no rosto, provocado por um tiro disparado por seguranças de Rafaat.