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Interior

Justiça aceita denúncia e líder do MSTB vira réu por sete crimes

Vanildo Elias de Oliveira, o Douglas, está preso há 28 dias

Helio de Freitas, de Dourados | 18/10/2017 09:54
Vanildo Elias é acusado de dano qualificado, ameaça e outros cinco crimes (Foto: Arquivo)
Vanildo Elias é acusado de dano qualificado, ameaça e outros cinco crimes (Foto: Arquivo)

A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público e o principal líder do MSTB (Movimento Sem-Terra do Brasil) em Mato Grosso do Sul virou réu por sete crimes na comarca de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. Vanildo Elias de Oliveira, 43, o Douglas, vai responder à ação penal por ameaça, crimes contra o meio ambiente e o patrimônio genético, dano qualificado, desobediência, incêndio, incitação ao crime, e formação de quadrilha ou bando.

Ao aceitar a denúncia, o juiz da 2ª Vara Criminal de Dourados, Marcus Vinicius de Oliveira Elias, deu prazo de dez dias para o réu apresentar defesa no processo.

Douglas está preso desde 20 de setembro deste ano, um dia após supostamente praticar os crimes durante uma tentativa de desocupação de uma fazenda invadida pelo MSTB em Dourados. Na presença de policiais militares e do oficial de Justiça, ele teria incitado os demais trabalhadores sem-terra a colocarem fogo na propriedade, localizada na margem da BR-463, para impedir o despejo.

Ele foi detido em um hospital de Miranda, depois de ser espancado por seguranças de fazendeiros daquela região. Trazido para Dourados, foi autuado em flagrante pelos crimes supostamente ocorridos na fazenda, que pertence à família do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula e já condenado no âmbito da Operação Lava Jato.

O flagrante foi transformado em prisão preventiva e Douglas foi levado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados). No dia 5 de outubro, a 3ª Câmara Criminal do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou o habeas corpus e manteve o líder sem-terra preso.

Entre 2016 e setembro deste ano, Vanildo Elias, o Douglas, liderou ocupações de fazendas, bloqueios de estradas e invasões ao prédio do Incra e até à Usina São Fernando, em Dourados.

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