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Legendário nega tráfico e diz acreditar que caixas de carne tinham celulares

Renan Nascimento é dono da hamburgueria onde foram apreendidos 150 quilos de pasta-base de cocaína

Por Helio de Freitas, de Dourados | 07/05/2025 10:25
Legendário nega tráfico e diz acreditar que caixas de carne tinham celulares
O comerciante Renan Silva Nascimento, durante expedição do grupo “Legendários” (Foto: Reprodução)

O comerciante Renan da Silva Nascimento, 34, preso nesta terça-feira (6) com 150 quilos de pasta-base de cocaína em Dourados, a 251 km de Campo Grande, negou envolvimento com o narcotráfico.

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Comerciante ligado ao grupo "Legendários" é preso com 150 kg de cocaína em MS. Renan da Silva Nascimento, 34, foi detido em Dourados com a droga escondida em caixas de carne congelada. Avaliada em R$ 6 milhões, a cocaína seria distribuída para outros estados. Nascimento alegou desconhecer o conteúdo das caixas, afirmando ter sido contratado por um desconhecido para receber uma carga de celulares. A polícia prendeu também o motorista e o ajudante que entregaram a carne na hamburgueria de Nascimento. Os dois, moradores de Ponta Porã, trabalhavam para uma empresa de distribuição de carnes. Nascimento, que já possui passagem por tráfico de drogas, disse que receberia R$ 5 mil pelo serviço. Os três presos passarão por audiência de custódia.

Em depoimento à Polícia Civil, ele alegou acreditar que a carga fosse de celulares trazidos do Paraguai. Renan é membro de grupo cristão que ganhou fama nos últimos meses, o “Legendários”. A droga foi avaliada pela polícia em R$ 6 milhões e seria destinada a outros estados brasileiros.

Renan foi preso por policiais da Seção de Investigações Gerais no momento em que recebia a droga escondida em caixas de carne congelada, entregues na hamburgueria dele, localizada no cruzamento da Avenida Hayel Bon Faker com a Rua Ernesto de Matos Carvalho, no Jardim Água Boa, região sul da cidade.

Fornecida por uma empresa de Ponta Porã, a carne foi produzida por frigoríficos do Paraguai e chegou a Dourados numa Fiat Ducato cargo branca. Maurício Martins da Paixão, 47, motorista do veículo, e o ajudante Anderson Moreira da Rosa, 37, também foram presos. Os dois moram na cidade fronteiriça.

Legendário nega tráfico e diz acreditar que caixas de carne tinham celulares
Tabletes de pasta-base com "selo de qualidade", apreendidos em hamburgueria (Foto: Sidnei Bronka)

Cowboy – Renan Nascimento não citou ser proprietário da hamburgueria, conforme consta no cadastro da Receita Federal. Alegou ser funcionário do estabelecimento, com salário mensal de R$ 2.800,00.

No depoimento, ele disse que há duas semanas, um cliente da hamburgueria conhecido apenas como “Cowboy”, o abordou e perguntou se gostaria de ganhar um dinheiro para receber remessa de celulares acondicionados em caixas de carne. O homem teria dito que precisava que a carga chegasse a um estabelecimento comercial.

Ainda segundo a versão do “Legendário”, “Cowboy” teria dito que lhe pagaria R$ 5 mil para receber as caixas com celulares e que no mesmo dia outra pessoa faria a retirada do material. Como estava precisando de dinheiro, aceitou a proposta.

Renan afirmou que a carga deveria chegar na sexta-feira subsequente à proposta feita por Cowboy, o que não aconteceu.

No feriado de 1º de maio, o homem teria retornado à hamburgueria e dito que a remessa chegaria nesta terça-feira (5). O comerciante disse que nunca havia recebido carne daquela marca anteriormente e alegou não conhecer os dois homens presos no furgão. Renan Nascimento informou que já cumpriu pena por tráfico de drogas.

Em depoimento, Anderson Moreira da Rosa confirmou ser funcionário da empresa de carne sediada em Ponta Porã, mas se manteve em silêncio sobre a droga deixada na hamburgueria.

Maurício Martins da Paixão, motorista do furgão e também funcionário da distribuidora de carne, negou ligação com o tráfico de drogas e disse que, nesta terça-feira, saiu para “mais um dia normal de trabalho”, para fazer entregas em Dourados.

Segundo ele, o veículo foi carregado por Anderson, seu companheiro de entregas há algum tempo. Antes de pararem na hamburgueria, entregaram carne numa churrascaria, na BR-163, e seguiam para outros pontos de entrega quando foram presos. Os três devem passar por audiência de custódia ainda hoje.

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