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Interior

Mais sete são presos e menor apreendido por decapitação de jovem

Outros quatro suspeitos já haviam sido presos e confessado participação no julgamento

Danielle Valentim | 05/06/2018 09:28
Policiais chegaram aos demais suspeitos após a divulgação do vídeo da execução. (Foto: Polícia Civil/ Divulgação)
Policiais chegaram aos demais suspeitos após a divulgação do vídeo da execução. (Foto: Polícia Civil/ Divulgação)

Mais sete jovens foram presos e um adolescente de 17 anos apreendido por suspeita de participação na execução de Lailla Cristiane de Arruda, de 19 anos, encontrada decapitada, em um canavial na zona rural de Sonora, a 364 km de Campo Grande. A ação conjunta entre a Polícia Civil e a Polícia Militar aconteceu nesta segunda-feira (4).

No último sábado (2), Alexandro Silva dos Santos, de 24 anos e Rodrigo França, de 21, já haviam sido presos e dois adolescentes de 15 e 17 anos apreendidos. Eles confessaram o crime e informaram que mataram a jovem porque ela pertencia à uma facção rival.

Nesta segunda, conforme o Edição MS, os policiais chegaram aos demais suspeitos após a divulgação do vídeo da execução da vítima e achado do celular utilizado na gravação e também de bolsa que aparece nas imagens.

A bolsa de Lailla, contendo vários objetos, foi encontrada no meio do canavial, já o celular estava enterrado na residência de Uanderson Ferreira Ananias, de 25 anos, conhecido como “Jamaica” na rua Tancredo Neves, em Sonora. Após o crime, “Jamaica” ficou em poder do celular da vítima, que foi utilizado pelos adolescentes infratores para a gravação do assassinato.

Local do julgamento - Os policiais também encontraram o local em que a vítima foi submetida a “julgamento” pela facção criminosa, um quarto aos fundos de um lava jato na avenida das Chácaras que pertencente a Odimar dos Santos, de 23 anos, o “Piloto”.

Neste quarto, foram encontrados objetos que fazem referência à facção criminosa, além de documentos pessoais da vítima, ficou esclarecido que Odimar cedeu o quarto para que a vítima fosse mantida em cativeiro, sendo impedida de sair enquanto era “julgada”. No celular da vítima foram encontradas fotos que faziam apologia à facção criminosa rival, razão pela qual Lailla foi “sentenciada” à morte.

Entre os presos estão o ex-namorado da vítima Victor Hugo Lopes da Cruz, de 18 anos e a amiga Vitória Valdina Souza da Silva, de 18 anos, os dois atraíram Lailla até o local do “julgamento”, sob o pretexto de tomarem tereré.

João Paulo da Silva, de 22 anos conhecido como “JP”, Maycon Douglas Almeida Gonçalves da Silva, de 20 anos, o “Maicola”, Matheus do Nascimento Silva, de 22 anos o “Cuiabano” e o adolescente infrator A. B. S., de 16a nos, vulgo “Zóio de Gato” participaram do “julgamento”, intermediando as informações entre os integrantes da facção e prestando apoio material para o assassinato.

Todos os indivíduos foram autuados em flagrante delito pelo crime associação criminosa. E no decorrer no inquérito policial, também serão indiciados pelo crime de homicídio triplamente qualificado.

Execução - Laila Cristina de Arruda, de 19 anos, foi encontrada decapitada  e com os braços amarrados para trás em um canavial próximo do rio Confusão em Sonora, cidade a 364 quilômetros de Campo Grande, no dia 1º de junho.

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