Ministro anuncia ampliação de atendimento a imigrantes em Corumbá
Cidade na fronteira é porta de entrada para famílias e deve ganhar um novo centro de acolhimento
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, cumpriu esta manhã o primeiro de uma série de eventos relacionados ao atendimento a imigrantes em Corumbá, na fronteira com a Bolívia. A cidade recebe em média 600 pessoas, sendo cerca de 70% venezuelanos, que deixam seus países em busca de oportunidades.
RESUMO
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O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, cumpriu uma série de eventos em Corumbá para tratar do atendimento a imigrantes, principalmente venezuelanos, que chegam à cidade em busca de oportunidades. Foi assinado um acordo de cooperação técnica entre a prefeitura e a Defensoria Pública da União para melhorar o atendimento socioassistencial a migrantes e refugiados, e será construída uma nova Casa do Migrante. O ministro destacou a importância de oferecer infraestrutura, alimentação, abrigo e apoio aos imigrantes, enquanto o vice-governador, José Carlos Barbosa, ressaltou a necessidade de acolhimento e pertencimento. O plano local é atender 2,4 mil pessoas com a nova estrutura e serviços. A deputada federal Camila Jara também participou da visita e é autora de emenda para a obra do centro, que receberá recursos da União, além do valor de emenda. Além disso, foi mencionado o Pantanal e o pacto de proteção ao bioma.
Na programação, no Centro de convenções do Pantanal, no Porto geral, houve a assinatura de um ACT (acordo de cooperação técnica), envolvendo a prefeitura da cidade e a DPU (Defensoria Pública da União), para aperfeiçoar o atendimento socioassistencial a migrantes e refugiados. Uma nova Casa do Migrante será construída.
O ministro apontou a necessidade de haver infraestrutura, alimentação, abrigamento e um apoio aos imigrantes para concretizar seus planos, em acordo com as possibilidades legais. À tarde, ele deve visitar a casa que recebe quem chega pela fronteira, com capacidade de atender 25 pessoas, e a área que receberá o novo espaço.
Em seu discurso, Dias apontou que o mundo vive 39 situações de conflitos, privando as pessoas de direitos, como acesso a alimentos e até água e, para além do acolhimento, o Brasil faz tratativas com os demais países. O plano local é que a nova estrutura de acolhimento e os serviços cheguem a 2,4 mil pessoas.
Dias foi acompanhado pelo vice-governador, José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PSD). O governador Eduardo Riedel seguiu para outro lado do Estado, foi a Coronel Sapucaia, fronteira com o Paraguai. A deputada federal Camila Jara (PT) também acompanhou a visita de Dias a Corumbá, ela é autora de emenda para obter os recursos para a obra do centro. Além do valor de emenda, a União destinará R$ 2,4 milhões.
Barbosinha destacou, em seu discurso, que ali ocorria um fluxo contrário em relação aos imigrantes. Em vez de um muro, acolhimento. Disse que era preciso oferecer pertencimento à essas pessoas, que deixam seus países, oferecendo um exemplo ao Brasil e ao mundo.
Ele lembrou do passado de Corumbá como relevante ponto de trânsito, tendo abrigado o terceiro porto mais movimentado da América Latina, quando os rios eram vias determinante para o transporte de pessoas e produtos.
Conforme disse, Mato Grosso do Sul tem 1.600 km de fronteiras, condição emblemática e isso gera miscigenação, riqueza cultural, mas também situações práticas para o dia a dia, como demandas na saúde e educação, porque para as pessoas não há a limitação territorial.
Barbosinha aproveitou para falar sobre o Pantanal, o pacto anunciado na semana passada, que prevê recursos e medidas de proteção e apontou que o Bioma tem 98 mil km² de área, 86% preservado, quase todo sob poder de proprietários privados, o que indicaria a preocupação com o meio ambiente.
