MPE abre inquéritos para apurar situação de abandono de ferrovia
O MPE/MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) instaurou dois inquéritos civis para apurar a situação da malha ferroviária e abandono de área que pertencia à ALL (América Latina Logística) no município de Sidrolândia, a 71 quilômetros de Campo Grande.
Um dos editais quer que a valoração da estação ferroviária da cidade seja valorada, ou seja, o Ministério Público quer analisar o local com o objetivo de saber quanto vale a construção.
Além disso, o texto do MPE aponta que o inquérito foi aberto para permitir a verificação da situação de preservação do local, que faz parte do patrimônio histórico-cultural do município, e dos bens que compõem o complexo ferroviário.
O segundo edital aberto quer que seja apurada a presença de lixo, vagões abandonados, entulhos e pneus espalhados ao longo da malha ferroviária na área urbana de Sidrolândia, assim como levantar se existem ocupações indevidas nos terrenos adjacentes.
Há algum tempo a questão é acompanhada pelos moradores da região. De acordo com o site Sidrolândia News, na última sexta-feira (2) a Câmara Municipal do município realizou audiência pública para discutir questões referentes a esse tema, e não foi a primeira reunião promovida na Casa de Leis.
Com o tema "Sidrolândia nos Trilhos", cerca de 200 pessoas estiveram no local. Entre as preocupações estão a área utilizada pela Rede Ferroviária Federal, sendo que em 2007 foi desativado o corredor ferroviário que ligava Campo Grande a Ponta Porã, passando por Sidrolândia e Maracajú.
A prefeitura e vereadores, há três anos, querem que as autoridades locais assumam a responsabilidade sobre a área de 14 hectares, onde existem prédios. Além disso, eles buscam a conservação das margens da linha férrea, o que não pode ser feito pelo município porque a área é federal.
Segundo o site, o abandono da linha e da Esplanada Ferroviária tem causado prejuízos ao município e à população que reside no local, muitos ferroviários aposentados ou familiares. O lixo e o mato tomaram conta da área, gerando insegurança.