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Interior

Mulher que locou casa receberia dinheiro de sequestro

Mulher e dois comparsas planejaram sequestro de comerciantes, que caíram em emboscada e foram mantidos reféns

Por Dayene Paz | 05/01/2024 08:57
Local onde as vítimas foram mantidas em cárcere no Vilage Vitória (Foto:Ana Beatriz Rodrigues)
Local onde as vítimas foram mantidas em cárcere no Vilage Vitória (Foto:Ana Beatriz Rodrigues)

Kevelyn da Silva Araújo, 25 anos, que locou um espaço de festa onde três comerciantes foram mantidos em cárcere nesta quinta-feira (4), receberia parte do dinheiro do sequestro. Ela acabou presa em flagrante durante a ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Durante as diligências, Geovane Ferreira de Lima, 27 anos, foi morto ao reagir a abordagem e o comparsa, identificado como Valdir de Oliveira Lopes Filho, 23, acabou preso.

Segundo o Batalhão de Choque, Kevelyn da Silva Araújo foi a responsável por alugar o espaço sabendo que ali ocorreria um crime. Depois, receberia parte da quantia obtida com o sequestro dos comerciantes. A mulher tem passagem criminal por calúnia, ameaça e furto.

Segundo o Campo Grande News apurou, consta no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) processo por receptação e crime de trânsito no nome de Geovane. Na ficha ainda foi encontrada passagem por tráfico de drogas, de quando ele ainda era menor de idade. Já Valdir de Oliveira tem ficha por dano, roubo, roubo qualificado pelo emprego de arma de fogo e tráfico de drogas.

Geovane, morto em confronto com policiais, em foto publicada no Facebook. (Foto: Redes sociais)
Geovane, morto em confronto com policiais, em foto publicada no Facebook. (Foto: Redes sociais)

Entenda - Por volta das 7h desta quinta-feira (4), a equipe policial foi informada sobre uma extorsão mediante sequestro. Na ocasião, a informação era de que três comerciantes do camelódromo haviam sido atraídos para fechar um negócio na região do Portal Caiobá e acabaram rendidos por dupla armada.

Equipes da Polícia Militar da região foram acionadas pelas vítimas logo após os criminosos fugirem. Em seguida, os policiais do Choque chegaram. No local, os rapazes contaram que foram encurralados pelos dois homens que passaram a exigir dinheiro, mas nenhum deles tinha no momento e então começaram a ser agredidos pela dupla.

Um dos rapazes conseguiu escapar para o banheiro e se trancou, momento em que um dos sequestradores deu tiro na porta e ao abrir passou a bater ainda mais na vítima que teve as mãos amarradas. Logo após a sessão de tortura, um deles fez uma transferência de R$ 16 mil e os bandidos fugiram.

Movimentação policial na casa onde Geovane foi morto (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)
Movimentação policial na casa onde Geovane foi morto (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)

Com as informações, os policiais descobriram que a responsável por alugar o espaço onde as vítimas foram mantidas presas, Kevelyn, estava na região do Bairro Nova Lima. A mulher foi localizada e indicou onde estaria o outro suspeito, Valdir. A equipe a prendeu e foi até Valdir no Bairro Aero Rancho. Ele não ofereceu resistência, apesar de estar armado e, após ser preso, indicou que Geovane Ferreira estaria na região do Bairro Vida Nova.

Os policiais então foram até a Rua dos Meninos e encontraram a casa onde o suspeito estava. Ainda, de acordo com o subcomandante do Batalhão de Choque, major Anderson Nascimento, Geovane estava armado com uma pistola e ofereceu resistência. Ele então foi atingido por disparo de arma de fogo e chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu. Com ele foram encontradas outras três armas, totalizando cinco apreendidas.

“Eles estão sendo autuados por associação criminosa porque houve um conluio entre eles, com a locação do espaço, a negociação, a emboscada e parece que há outras pessoas envolvidas que estamos diligenciando e vamos passar as informações para a Polícia Civil”, pontuou Anderson.

As vítimas foram socorridas, por estarem com ferimentos na cabeça e outras marcas de lesão. “Eles falaram que os indivíduos foram muito agressivos”, finalizou o major. "Os donos do imóvel são pessoas idôneas e não tem envolvimento com o caso", poderou Anderson.

(Matéria editada para correção de informação)

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