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Interior

Operação contra travessia de haitianos apreendeu R$ 9 mil

Ação da PF foi deflagrada na manhã desta terça-feira (31) para combater crimes de migração ilegal na fronteira

Aletheya Alves | 31/08/2021 18:18
Equipes da Polícia Federal foram às ruas de Corumbá durante operação. (Foto: Divulgação/PF)
Equipes da Polícia Federal foram às ruas de Corumbá durante operação. (Foto: Divulgação/PF)

Deflagrada na manhã desta terça-feira (31), em Corumbá, a Operação FO M’ALE apreendeu mais de R$ 9 mil e quatro homens foram encaminhados para a Delegacia da PF (Polícia Federal). A ação tem como objetivo combater crimes de migração ilegal para haitianos realizados por despachantes de viagens.

Entre os valores apreendidos, estão R$ 3.342 e 1.165 dólares, conforme o site Diário Corumbaense. Durante a operação, um brasileiro, de 30 anos, que foi apontado como “coiote” e outros três haitianos foram detidos com celulares e documentos.

Os três haitianos são suspeitos de integrar o esquema para facilitar a migração ilegal entre Brasil e Bolívia. De acordo com as investigações, o grupo estava explorando o trecho conhecido como “Trilha do Gaúcho”, na divisa entre o Brasil e a Bolívia.

Grupos de haitianos na região da fronteira com a Bolívia para realizar travessia. (Foto: Divulgação/PC)
Grupos de haitianos na região da fronteira com a Bolívia para realizar travessia. (Foto: Divulgação/PC)

A fase de apuração da investigação, que durou meses, flagrou a saída de cerca de 150 haitianos diariamente pela trilha. Conforme a PF, a investigação foi iniciada após denúncias de que uma pessoa estava atuando como “coiote” e estaria cobrando para facilitar a migração ilegal de haitianos pela fronteira com a Bolívia.

De acordo com a PF, os migrantes eram auxiliados por “carregadores” bolivianos, que apontavam o percurso correto até o país vizinho. Após atravessar para a Bolívia, os haitianos seguiam até Pailón e permaneciam em um ginásio que abriga estrangeiros.

Devido às irregularidades, as autoridades bolivianas têm enviado de volta os haitianos para a fronteira com Corumbá. O nome da operação remete à expressão do idioma Creole, falado no Haiti, que significa “preciso ir embora”.

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