“Paraguaio” rondava casa e matou jovem na frente da filha, relata familiar
Aline Silva foi morta a facadas na noite desta terça-feira; com esse caso, MS registra 33 feminicídios em 2025
Conhecido como “Paraguaio”, o homem de 55 anos, suspeito de matar a jovem Aline Silva, de 26 anos, rondava a casa da vítima e a assassinou na frente da filha dela, uma criança de 6 anos. O relato é de uma prima da mulher, que conversou com o Campo Grande News na manhã desta quarta-feira (5). O crime aconteceu na noite anterior, no Bairro Santa Tereza, em Jardim, a 236 quilômetros da capital.
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Uma jovem de 26 anos foi assassinada a facadas na frente da filha de 6 anos, em Jardim, Mato Grosso do Sul. O crime ocorreu na noite de terça-feira, quando o suspeito, conhecido como "Paraguaio", invadiu a residência da vítima no Bairro Santa Tereza. Aline Silva manteve um relacionamento de dois anos com o suspeito, que não aceitava o término. O homem, de 55 anos, monitorado por tornozeleira eletrônica, cortou o dispositivo após o crime e fugiu para uma área de mata. Este é o 33º feminicídio registrado no estado em 2023.
A prima, de 26 anos, que pediu para não ser identificada, contou à reportagem que Aline se relacionou por dois anos com o suspeito e que ele não aceitava o fim do relacionamento. “Ele vivia ameaçando ela por mensagem e estava rondando a casa dela há bastante tempo. Ela não queria mais nada com ele, largou dele para viver a vida dela e ele não aceitou”, disse a prima.
Segundo a familiar, ela e Aline cresceram juntas, chegaram a morar na mesma casa por um tempo, mas se afastaram depois que a prima se converteu e começou a frequentar a igreja. “Ela era maravilhosa, tranquila. Nós festejávamos bastante juntas, só que hoje sou evangélica e me afastei porque sou da igreja agora. Ela era uma mulher especial, nunca mexia com ninguém”, relatou.
Ainda conforme a prima, meses atrás elas haviam se encontrado no mercado e a vítima disse que estava bem. “Conversamos, só que eu não sabia, né? A gente não espera acontecer isso... aconteceu de repente. Faz quase dez anos que eu sou evangélica e me afastei um pouco da família. Ela era minha prima de sangue, nós vivemos muito tempo juntas”, expôs.
Aline deixa a filha de seis anos, que, segundo a familiar, assistiu à mãe ser assassinada. “Ela e a criança moravam com a mãe. As duas estavam em casa quando aconteceu. Diz que ele chegou e arrombou a porta, chamou ela para fora e começou a esfaquear. Foi assim que a irmã dela relatou para nós. Ela levou mais de cinco facadas, mas, como o corpo não foi liberado, não falaram pra gente quantas foram ao todo”, lamentou.

33º feminicídio — Aline Silva é a 33ª vítima de feminicídio deste ano em Mato Grosso do Sul.
A jovem foi morta a facadas na noite desta terça-feira (4), no Bairro Santa Tereza, em Jardim. A vítima estava em casa quando o suspeito chegou, bateu palmas e a chamou no portão.
Conforme apurado pela reportagem, ao se recusar a sair, Aline foi puxada para fora e atacada com várias facadas. O suspeito usava tornozeleira eletrônica e tinha passagens pela polícia. No momento da fuga, o homem cortou o aparelho e fugiu para uma área de mata. Até o momento, ele não foi localizado.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorro, porém Aline já estava sem vida quando a equipe chegou. O caso será investigado pela Polícia Civil.
A Polícia Militar, a Polícia Civil e a perícia estiveram no local do crime. O corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).
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