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Interior

PF apreendeu aeronave, dinheiro em espécie e veículos de luxo durante operação

Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária

Por Gabriel Neris e Helio de Freitas, de Dourados | 08/12/2023 17:12

Aeronave apreendida pela PF em operação (Foto: Divulgação)
Aeronave apreendida pela PF em operação (Foto: Divulgação)

Foram apreendidos nesta sexta-feira durante a Operação Sanctus, deflagrada em Mato Grosso do Sul e outros três estados, R$ 60 mil, 10 mil dólares, sete armas (uma pistola, duas carabinas, três fuzis e uma espingarda calibre 12), munições, joias, celulares, sendo um Rolex em ouro de 24 quilates, uma aeronave Embraer EMB 720 e quatro veículos, sendo dois de luxo. Parte das armas foram encontradas na fazenda de Aparecido, em Feliz Natal (MT).

Dois dos três presos em Mato Grosso do Sul são Hermógenes Aparecido Mendes Filho, um dos irmãos chefes do esquema ligado ao tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e ligação com facções criminosas, e a advogada Cristiane Maran Milgarefe da Costa.

A PF cumpriu 21 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária em Dourados, Ponta Porã e Guia Lopes da Laguna. A terceira prisão ocorreu no estado do Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal em Campo Grande e cumpridos ainda nos municípios de Maricá (RJ), Araruama (RJ), Cambé (PR), Feliz Natal (MT) e Paranatinga (MT).

Casa em condomínio de luxo foi alvo de mandado de busca e apreensão (Foto: Divulgação)
Casa em condomínio de luxo foi alvo de mandado de busca e apreensão (Foto: Divulgação)

Aparecido é irmão de Ronaldo Mendes Nunes, dono do Audaz Restaurante, um dos alvos de buscas da PF nesta sexta-feira. Os policiais também foram a uma casa no condomínio de luxo Ecoville 2.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram em outubro e identificaram os dois irmãos líderes da organização criminosa, baseada em Dourados. O grupo escondia drogas em pneus de caminhões de carga para despachar de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, para o interior do Paraná. Na sequência, a carga tinha o Rio de Janeiro como destino.

Os investigados utilizavam uma rede de pessoas e empresas para lavar o dinheiro do tráfico e faziam os depósitos em dinheiro vivo em terminais de autoatendimento. O esquema contava ainda com a ocultação patrimonial de empresas e imóveis com propriedade em nome de "laranjas" e "testas de ferro".

Celular de ouro apreendido em operação da Polícia Federal (Foto: Divulgação)
Celular de ouro apreendido em operação da Polícia Federal (Foto: Divulgação)

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