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Interior

PM e professora acusados de extorquir sitiantes vão continuar presos

Em audiência de custódia nesta tarde, juiz manteve flagrante e decretou prisão cautelar do sargento Waldison e Dirce Veron

Helio de Freitas, de Dourados | 23/10/2019 16:35
Dirce Cavalheiro Veron chega à delegacia após ser presa por extorsão, segunda-feira, dia 21 (Foto: Reprodução)
Dirce Cavalheiro Veron chega à delegacia após ser presa por extorsão, segunda-feira, dia 21 (Foto: Reprodução)
O sargento PM Waldison também vai continuar preso (Foto: Reprodução)
O sargento PM Waldison também vai continuar preso (Foto: Reprodução)

O sargento da Polícia Militar Waldison Candido Francisco, 46, e a professora indígena Dirce Cavalheiro Veron, 45, acusados de extorquir sitiantes para impedir invasões de áreas particulares em Dourados, a 233 km de Campo Grande, vão continuar presos.

Em audiência de custódia nesta tarde, o juiz da 2ª Vara Criminal Marcus Vinicius De Oliveira Elias acatou parecer do Ministério Público e converteu o flagrante em prisão preventiva – sem prazo definido. Os advogados de defesa tentaram a liberdade provisória, mas o pedido foi negado.

Ontem, a Justiça Militar já havia decretado a prisão preventiva de Waldison, que é indígena e mora na Aldeia Jaguapiru, em Dourados. Na área militar, ele é acusado de concussão, crime praticado por funcionário público ao exigir vantagem indevida, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la. O A pena é reclusão de dois a oito anos.

Com a decisão de hoje, Waldison foi levado de volta para o Presídio Militar em Campo Grande e Dirce Veron voltou para a cela da 1ª Delegacia de Polícia Civil, onde vai aguardar vaga em algum presídio feminino do estado. Dourados não tem cadeia só para mulheres.

De acordo com a Polícia Civil, os dois foram presos em flagrante na tarde de segunda-feira quando recebiam R$ 30 mil de um dos proprietários de sítios localizados nos arredores da Aldeia Bororó, região oeste do município. Há um ano as áreas estão cercadas por índios e ameaçadas de invasão.

A dupla é acusada de pedir R$ 150 mil para impedir as invasões. Depois reduziu o valor para R$ 120 mil em quatro parcelas semanais de R$ 30 mil. quando foram presos, os dois tinham acabado de receber a primeira parcela.

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