Polícia apreende mais 3 veículos de “patrão do tráfico", avaliados em R$ 1 mi
Duas carretas e HB20 fazem parte de patrimônio de R$ 15 milhões de Rondineli Amarila Herrera
Mais duas carretas e um HB20, os três avaliados em pelo menos R$ 1 milhão, foram apreendidos no âmbito da Operação El Patrón, deflagrada no dia 3 deste mês, pela Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira).
Segundo a polícia, os veículos foram comprados com dinheiro da venda de grandes cargas de maconha pela organização criminosa liderada por Rondineli Amarila Herrera, 42, de Maracaju (a 159 km de Campo Grande). Ele, a mulher, o pai, o irmão, o primo e outros três integrantes da quadrilha estão presos.
Segundo o delegado Rodolfo Daltro, chefe da Defron, as carretas e o HB20 estavam escondidos em imóveis pertencentes a terceiros. Uma das carretas foi encontrada no Paraná e a outra em Amambai. Já o carro estava em Maracaju.
Daltro informou que os documentos colhidos durante as buscas vão permitir identificar vários imóveis e veículos que se encontram registrados em nome de “laranjas”. A expectativa é que o montante confiscado ultrapasse os R$ 15 milhões do patrimônio já bloqueado.
Patrão – Dono de transportadora com frota de carretas, de propriedades rurais e de imóveis em Maracaju, Rondineli Amarila Herrera é o “patrão”, o chefe do bem estruturado esquema de tráfico de maconha desarticulado há dez dias.
A quadrilha chefiada por Rondineli ficou conhecida por enviar grandes cargas de maconha para outros estados brasileiros através de sofisticado esquema de comunicação que incluía a instalação de rádios ocultos no painel dos caminhões.
Durante a investigação, a polícia descobriu que para comemorar a entrega de 23 toneladas de maconha em São Paulo, Rondineli contratou uma prostituta de luxo na capital paulista por R$ 5 mil e ainda pagou as passagens aéreas para ela passar uma noite com ele em Campo Grande.
Em agosto de 2020, em uma estrada vicinal de Maracaju, policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) apreenderam 33 toneladas de maconha da organização, até então, a maior carga da droga já apreendida na história do País (o recorde foi quebrado em julho deste ano, 36,5 toneladas).
