Polícia descarta assassinato de indígena encontrada com sinais de asfixia
Atestado de óbito assinado pelo médico legista informou morte natural
A Polícia Civil descartou que Hilda Barroso, 79 anos, foi assassinada. A indígena foi encontrada morta na sexta-feira (18), com sinais de asfixia, em uma casa na área de retomada “Ñu Verá”, ao lado da Aldeia Bororó, em Dourados, distante 251 quilômetros de Campo Grande.
Inicialmente, o caso foi tratado como feminicídio por asfixia e suspeita de violência policial, mas neste sábado (19), o delegado Erasmo Cubas, chefe do SIG (Setor de Investigações Gerais), divulgou nota informando que a morte foi por causa natural.
A constatação inicial de que havia sinais de morte violenta foi feita por peritos da Polícia Civil. Entretanto, o atestado de óbito assinado pelo médico legista informa morte natural. Um suspeito do suposto crime estava sendo procurado pela Polícia Militar quando saiu a informação de que não foi assassinato.
“Após verificado o local pela perícia técnica juntamente com as equipes plantonistas da Polícia Civil, bem como após a realização do exame cadavérico (necroscópico), chegou-se à conclusão que aparentemente não ocorreu ação criminal na morte da idosa. Os fatos continuarão a ser investigados, algumas testemunhas serão ouvidas, todavia, há fortes indícios de uma morte natural, devido à ingestão de álcool, bem como a idade avançada da vítima, não apresentando os exames periciais, nenhum sinal de violência externa ou interna contra o corpo da vítima”, afirma a nota de Erasmo Cubas.
O caso - Parentes da vítima informaram que o suspeito já teria assassinado outra mulher. Vizinhos relataram que o homem e Hilda Barroso passaram a noite consumindo bebida alcoólica.
Peritos da Polícia Civil constataram que a vítima estava com a face avermelhada e com a língua de fora, sinais que indicariam estrangulamento. Entretanto, visivelmente não foram encontradas marcas no pescoço.
Segundo a polícia, ela pode ter sido asfixiada com o travesseiro encontrado no local. Também será apurada suspeita de estupro. O corpo da idosa foi levado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para exames mais detalhados.
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