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Interior

Polícia diz que não há indícios de ligação sexual entre padre e assassino

Em entrevista coletiva, delegado afirmou que crime foi premeditado pela dupla, para roubar Renegade

Por Helio de Freitas, de Dourados | 17/11/2025 11:25
Polícia diz que não há indícios de ligação sexual entre padre e assassino
Os delegados Lucas Veppo (à direita) e Adilson Stiguivitis Lima (Foto: Leandro Holsbach)

A Polícia Civil afirma que o padre Alexandro da Silva Lima, de 44 anos, foi morto durante um latrocínio (roubo seguido de morte) e que os dois principais autores, Leanderson de Oliveira Júnior, de 18 anos, e o adolescente de 17, premeditaram o crime, ocorrido na noite de sexta-feira (14), em Dourados, a 251 km de Campo Grande.

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A Polícia Civil descartou envolvimento sexual entre o padre Alexandro da Silva Lima, de 44 anos, e seu assassino, Leanderson de Oliveira Junior, de 18 anos. O crime, ocorrido em Dourados (MS), foi classificado como latrocínio, tendo sido premeditado pelo autor e um adolescente de 17 anos. Segundo as investigações, os criminosos planejavam vender o carro da vítima no Paraguai por R$ 40 mil. Leanderson alegou ter sido forçado a práticas sexuais pelo padre, versão refutada pela polícia. Três outros envolvidos responderão como cúmplices.

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (17), o delegado Lucas Albé Veppo, chefe do SIG (Setor de Investigações Gerais), afirmou não existir, até o momento, qualquer indício de que o padre mantinha envolvimento sexual com Leanderson.

Essa foi a versão apresentada pelo jovem em depoimento ao próprio delegado, ainda no sábado (15). No interrogatório, Leanderson disse que matou Alexandro com golpes de marreta na cabeça e facadas após ser forçado a praticar sexo oral na vítima.

Ainda no depoimento, ele disse ter conhecido o padre por intermédio de seu ex-cunhado e relatou que o religioso abordava estudantes na porta da escola e oferecia pequenas quantias em dinheiro para encontros.

Polícia diz que não há indícios de ligação sexual entre padre e assassino
Leanderson de Oliveira Junior, durante interrogatório (Foto: Reprodução)

“Ele tem o direito de dizer o que bem entender como meio de defesa. Ele informou essa situação, que até o momento não tem nenhum indício de que tenha acontecido ou de que o padre tenha tentado atacá-lo com intuito sexual. O padre era uma pessoa de porte físico avantajado, e o autor, uma pessoa franzina. Acreditamos que o autor tenha atacado o padre numa emboscada para conseguir golpeá-lo. Até o momento, não há nenhum indício dessa situação. Foi uma alegação do autor”, afirmou o delegado.

Segundo Lucas Veppo, os dois autores confessaram que tinham premeditado o crime. “Eles não sabiam que Alexandro era padre; sabiam apenas que ele possuía aquele veículo. Um deles já havia feito contato com uma pessoa no Paraguai que compraria o carro por R$ 40 mil. Esse era o intuito deles: roubar o carro para vender no Paraguai e levar também o celular. Como não conseguiram desbloquear o telefone, abandonaram-no em um matagal. Também pretendiam usar a residência enquanto pudessem para promover festas com amigos”, afirmou o chefe da investigação.

Polícia diz que não há indícios de ligação sexual entre padre e assassino
Foto do padre em igreja, ao lado da imagem de Jesus Cristo (Foto: Divulgação)

O delegado informou que os celulares do padre e dos envolvidos serão periciados. “Acredito que essa premeditação em relação ao carro, ao celular e aos demais objetos roubados da casa vai afastar essa outra hipótese de que tenha ocorrido ataque do Alexandro que motivou o crime. A motivação foi a subtração dos objetos dele e do veículo”. O delegado regional Adilson Stiguivitis Lima também participou da entrevista.

Lucas Veppo informou que Leanderson de Oliveira Junior vai ser levado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Durante audiência de custódia, neste domingo, a Justiça decretou sua prisão preventiva.

O adolescente de 17 anos será levado para a Unei (Unidade Educacional de Internação). Os outros três envolvidos – João Victor Martins Vieira, 18 anos, e duas adolescentes de 17 anos – ganharam liberdade provisória, mas vão responder como cúmplices dos crimes.

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