Polícia encontra droga em cofres na casa de traficante morto em cela
Residência em construção em Maracaju era “reserva financeira” de Mauro da Silva Adorno
A Polícia Civil e a Polícia Militar apreenderam drogas avaliadas em R$ 100 mil durante operação para desmantelar o esquema do traficante Mauro da Silva Adorno, 39, espancado até a morte por colegas de cela, na noite de segunda-feira (7), na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II, em Campo Grande.
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Parte do entorpecente estava escondida em dois cofres embutidos na parede da casa em construção, no Bairro Ilha Bela II, em Maracaju, a 159 km de Campo Grande. Segundo a Polícia Civil, mesmo preso, Mauro chefiava a maioria dos pontos de venda de droga na cidade e estava construindo a casa como “reserva financeira”.
A “casa bomba”, utilizada para armazenar grandes quantidades de drogas antes da distribuição às “bocas de fumo”, foi descoberta no âmbito da Operação Última Forma, deflagrada ontem pela Polícia Civil para cumprir três mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Maracaju.
O imóvel de Mauro Adorno estava em processo final de construção e, segundo a investigação policial, todo o valor utilizado para arcar com as obras era oriundo do tráfico de drogas.
Durante as buscas, os policiais encontraram dois compartimentos, no formato de tomada elétrica, embutidos na parede. Foram encontrados 500 gramas de crack e 1,5 quilo de cocaína pura, que renderiam R$ 100 mil com a venda no varejo.
Em outro endereço, onde mora o responsável pela distribuição da droga, dois homens e uma mulher foram presos. Na casa foram encontrados pacotes de maconha, uma pistola falsa, oito munições calibre 38, celulares, máquina de cartão e bases de carregador de rádio comunicador.
A morte – Mauro da Silva Adorno havia sido transferido na semana passada do presídio de Dois Irmãos do Buriti para a Penitenciária da Gameleira II, onde foi morto.
Os autores foram os irmãos Lucas Riquelme Monteiro, 33, e Dair Siriano Soares Junior, 24. Eles confessaram o crime alegando ser “guerra de rua”. Segundo a polícia, a morte está relacionada à disputa pelo controle do tráfico em Maracaju. Os dois também estavam em Dois irmãos do Buriti, mas lá ficam em celas separadas de Mauro.
Conforme o boletim de ocorrência, policiais penais foram acionados por internos do pavilhão 2 por volta de 23h10 de segunda-feira. Os presos gritavam “pode abrir, matamos ele”. Quando os servidores chegaram à cela 210, encontraram Mauro caído de bruços e os dois autores do lado do corpo.
Lucas e Dair foram retirados da cela junto com outros três internos. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e constatou a morte. Mauro tinha diversas lesões na cabeça e o pescoço quebrado.
Dair relatou ter aplicado um “mata leão” em Mauro, que já teria, segundo sua versão, tentado assassinar ele e o irmão. Eles foram autuados em flagrante por homicídio. Além do tráfico, Mauro Adorno cumpria pena de 25 anos de reclusão pelo assassinato de Selma Espíndola, 22, em janeiro de 2011, em Ponta Porã.
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