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Interior

Polícia faz buscas atrás de suspeitos de assassinato de radialista

Policiais paraguaios estiveram em oficina mecânica e residência particular em Pedro Juan Caballero

Helio de Freitas, de Dourados | 09/09/2022 10:57
Policiais em oficina mecânica, um dos endereços das buscas nesta sexta-feira (Foto: ABC Color)
Policiais em oficina mecânica, um dos endereços das buscas nesta sexta-feira (Foto: ABC Color)

Investigadores da Polícia Nacional e promotores de Justiça fazem série de buscas hoje (9) em Pedro Juan Caballero, atrás de pistas dos assassinos do jornalista e radialista Humberto Coronel, 33, morto com 8 tiros quando saía da Rádio Amambay 570AM, terça-feira (6). A cidade paraguaia é separada por uma rua de Ponta Porã (MS), a 313 km de Campo Grande.

Entre os locais vistoriados, os policiais estiveram na oficina João Mecânica e numa casa particular no bairro General Genes. Os moradores reclamaram das buscas e alegaram não ter qualquer ligação com o crime. Pelo menos 14 endereços estão sendo vasculhados.

O comissário da Polícia Nacional Hugo Grance disse que o objetivo é encontrar o pistoleiro e a moto usada por ele. Imagens de câmeras de segurança indicariam que o homem tenha fugido para a região onde as buscas estão sendo feitas nesta sexta-feira.

Segundo o jornal ABC Color, na casa onde os policiais estiveram mora Mauricio Miguel Recalde Argüello, que chegou a ser preso em 2019 suspeito de matar o assaltante Rodrigo Maldonado Fernández, naquele mesmo ano.

Mauricio também foi investigado por suspeita de ligação no assassinato do médico José Centurión Cáceres, ocorrido no dia 11 de junho de 2019, no momento em que o profissional deixava a sede do IPS (espécie de INSS) em Pedro Juan Caballero. A mãe de Mauricio estava na casa e disse aos policiais que seu filho mora no Brasil há dois anos.

Ameaçado – Funcionário da rede de rádios da família do prefeito José Carlos Acevedo (morto por pistoleiros em maio), Humberto Coronel vinha sendo ameaçado, mas teria recusado proteção policial. Ele foi assassinado quando saía da emissora, após apresentar seu programa diário.

No dia seguinte ao crime, mensagens com novas ameaças foram enviadas para o celular da rádio. “Vão chorar muito mais. Humberto escondeu todas as informações que tinha que passar sobre Gabriel. Todos jornalistas são vendidos, todos vocês o esconderam. Agora foi Humberto e há outros que vão comer chumbo se não falarem onde está Gabriel”, dizia trecho da mensagem.

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