Presidente da Câmara diz que operação da PF não envolve Legislativo
Vereadores de Ponta Porã participam de sessão, iniciada logo após buscas em gabinete de Raphael Modesto
O presidente da Câmara de Ponta Porã, Candinho Gambínio (PSDB), disse que a Operação Bárbaros, desencadeada hoje (7) pela Polícia Federal, não envolve o Legislativo da cidade localizada a 313 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai.
Na manhã desta terça-feira, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências do vereador Raphael Modesto Carvalho Rojas (PSDB), de um ex-vereador e de pelo menos três assessores parlamentares. Todos são investigados por grilagem de terra da União. Por ordem da Justiça Federal, Modesto foi afastado do mandato por 180 dias.
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Na abertura da sessão ordinária, iniciada menos de duas horas após agentes da Polícia Federal deixarem o prédio localizado na Avenida Brasil, Gambínio leu uma nota curta e disse que a Câmara ofereceu respaldo total para as buscas.
“Acionamos nossa assessoria jurídica para acompanhar e prestar todo apoio aos trabalhos da Polícia Federal. Afirmo que trata-se de investigação que não envolve esta Casa de Leis”, disse o presidente.
Gambínio disse que ainda hoje a Câmara vai divulgar nota oficial sobre o caso. A Mesa Diretora também deverá se manifestar sobre a convocação do suplente de Raphael Modesto. A vaga dele na Câmara será ocupada pelo suplente Jorge Alves dos Santos, o Jorginho da Saúde (PSDB), que teve 581 votos na eleição de 2020.
A PF não divulgou os nomes dos investigados, mas o Campo Grande News apurou que o ex-vereador alvo de mandado de busca seria César Mattoso. Já as identidades dos assessores parlamentes ainda são desconhecidas.
A Operação Bárbaros investiga crimes de invasão de terras da União, corrupção, advocacia administrativa, tráfico de influência, falsidade documental e estelionato envolvendo o vereador, seus assessores parlamentares e o ex-vereador de Ponta Porã.
As investigações começaram logo após fiscalização da Superintendência do Patrimônio da União constatar ocupações irregulares em imóveis de propriedade da União em Ponta Porã. A PF ainda não divulgou o balanço das buscas.