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Interior

Proposta de segurança nas aldeias inclui criação de Polícia Comunitária

Fernando da Mata | 29/11/2011 13:31

Reunião para discutir segurança foi motivada após o assassinado do líder indígena guarani-kaiwá Nísio Gomes, no último dia 18

Força Nacional durante operação no acampamento Guaiviry (Foto: João Garrigó)
Força Nacional durante operação no acampamento Guaiviry (Foto: João Garrigó)

A proposta de criação de Polícia Comunitária nas aldeias do sul do Estado é a principal do pacote de medidas que devem ser adotadas na região nos próximos dias.

Segundo a assessoria de imprensa da Funai (Fundação Nacional do Índio), o objetivo do pacote é abranger toda a região onde há áreas indígenas regularizadas e acampamentos, com atenção especial em áreas de conflito, como o acampamento Guaiviry, quase na divisa dos municípios de Aral Moreira e Amambai.

Para viabilizar a criação da Polícia Comunitária, segundo a Funai, é necessário que os governos federal e estadual planejem a estrutura e a capacitação dos envolvidos sobre a questão indígena.

As outras três propostas discutidas, na segunda-feira (28), na sede da Funai de Dourados, são: aumento do efetivo, permanência e abrangência da Força Nacional; levantamento de todos os inquéritos policiais sobre casos de violência contra indígenas; e criação de um grupo de comunicação envolvendo lideranças indígenas e representantes da Funai e da segurança pública.

Além de representantes nacionais e regionais do órgão, participaram da reunião o Ministério Público Federal, Secretaria da Presidência da República, Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Policia Federal, Força Nacional, Polícia Civil e Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública.

Violência contra indígenas - A reunião na Funai de Dourados foi feita depois do assassinato do líder indígena Nísio Gomes, de 59 anos. O crime ocorreu no último dia 18, durante ataque de pistoleiros fortemente armados contra a comunidade guarani-kaiwá do acampamento Tekoha Guaiviry.

Segundo informações do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), pelo menos 40 homens estariam envolvidos no ataque. Cerca de 60 indígenas moram no local.

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