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Interior

Reabertura do comércio tem pouco movimento nas ruas e filas nos bancos

Comércio de Dourados retomou funcionamento hoje após duas semanas de quarentena por causa do novo coronavírus

Helio de Freitas, de Dourados | 07/04/2020 09:34
Douradenses fazem fila à espera de abertura de agências bancárias no centro de Dourados (Foto: Adilson Domingos)
Douradenses fazem fila à espera de abertura de agências bancárias no centro de Dourados (Foto: Adilson Domingos)

Lojas e agências bancárias reabrem hoje (7) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, após duas semanas de quarentena por causa da pandemia do novo coronavírus. Entretanto, o movimento foi tímido na primeira hora de funcionamento no centro comercial instalado nas avenidas Joaquim Teixeira Alves, Marcelino Pires e Weimar Gonçalves Torres.

Poucas pessoas circulavam pelas ruas centrais por volta de 8h30, mas foram verificadas filas em frente a lojas de móveis na Marcelino e na porta das agências bancárias na Joaquim Teixeira Alves em frente à Praça Antônio João.

O decreto assinado ontem pela prefeita Délia Razuk (PTB) determina funcionamento com capacidade de no máximo 30% e estipula medidas por parte dos comerciantes para evitar aglomerações, além de marcação no chão para garantir que as pessoas mantenham distância mínima de dois metros. Em frente às agências bancárias, no entanto, não havia nenhuma marcação nesta manhã.

Ontem, a prefeitura avisou que se a população em geral, incluindo os lojistas, não colaborar com ações para evitar a propagação do vírus, as medidas serão endurecidas novamente. O município prometeu colocar equipes nas ruas para fiscalizar as regras que precisam ser cumpridas.

Contrário à flexibilização das medidas na primeira semana de quarentena, o presidente do Sindicato dos Comerciários disse hoje que vê a reabertura com preocupação, mas reconhece a dificuldade enfrentada pelas empresas. “Pedimos que todos mantenham a calma e atendam as regras do decreto, como redução do fluxo dentro das empresas e utilização dos equipamentos necessários. Senão a gente corre risco de em alguns dias ver outro decreto de fechamento”, afirmou o sindicalista ao Campo Grande News.

Pedro Lima disse que o sindicato está atento também à MP (medida provisória) do governo federal permitindo redução de horário de jornada e de salário. “Esperamos que os empresários mantenham, dentro do possível, o emprego dos trabalhadores. É um momento de dificuldade e temos de dar as mãos para passar por isso”.

Já o presidente da Aced (Associação Comercial e Empresarial de Dourados) Nilson Santos afirma que o momento, mesmo com a reabertura das lojas, é de muita preocupação por parte dos comerciantes. "Tivemos a ressaca do Natal em janeiro e fevereiro. Todo mundo se preparou para melhorar depois do Carnaval, mas aí veio esse pandemônio. O lojista fez estoque, mas agora não tem como vender. Vamos enfrentar e lutar, como sempre", afirmou.

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