Reinaldo diz que vai concluir obras em rodovias, mas não confirma hospital
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse ontem em Dourados, a 233 km de Campo Grande, que vai concluir a duplicação da Avenida Guaicurus, no trecho de 12 km entre a cidade e os campi da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).
Outra obra do Estado em Dourados que Reinaldo prometeu concluir é o recapeamento da rodovia MS-162, no trecho entre a Placa do Abadio e o “Copo Sujo”, também no município de Dourados.
“Mesmo na dificuldade nós temos um compromisso aqui em Dourados com essas obras mais importantes. A duplicação da Guaicurus foi orçada inicialmente em R$ 26 milhões e foi aditivada para R$ 38 milhões. Não ficou nenhum centavo de recurso na conta, mas nós vamos concluir pela importância que tem. O recapeamento da Placa do Abadio ao Copo Sujo é outra obra que foi iniciada, dada a ordem de serviço, mas não tem nenhum centavo na conta. Nós vamos concluir. Largar obra pelo caminho inacabada é prejuízo para o Estado”, afirmou Reinaldo.
Hospital – Já em relação à construção do Hospital Regional de Dourados, iniciada no final do governo anterior, o atual mandatário deixou claro que a obra será paralisada e não tem previsão de quando vai ser retomada. O hospital está sendo construído em uma área na saída para Ponta Porã, na margem da BR-463.
“[A construção do] é importante? Nós sabemos que é. Eu mesmo pedi ao governador que não lançasse aquela obra, porque sabíamos que não tinha os recursos disponíveis. Foi empenhada a obra dia 13 de novembro – R$ 19,9 milhões – foi dada a ordem de serviço, foi feita a medição de R$ 544 mil e no dia 31 de dezembro ele anulou o empenho e não tem nenhum centavo na conta para construção da primeira fase do hospital”.
O governador afirmou que a prioridade neste momento será reabrir um dos dois hospitais particulares que estão fechados na cidade, para atender a população de Dourados e da região. “O prefeito Murilo [Zauith] ficou de ver qual dos dois hospitais tem a melhor condição para atendimento imediato. Vamos construir nesse local um centro para fazer todas as cirurgias eletivas que precisam ser feitas. A demanda é muito grande em Dourados e toda a região e esse hospital vai ser aberto nos próximos meses”.
Perguntado se a ideia é reabrir os dois hospitais, Reinaldo afirmou que por enquanto apenas um deles será reativado. O Campo Grande News mostrou no dia 7 deste mês que existem dois hospitais fechados em Dourados – o antigo São Luiz e o Santa Rosa, este segundo pertencente à família Uemura e que esteve envolvido no escândalo da Operação Owari, em 2009.
“Esse é nosso desafio, colocar atendimento. Obra é importante, mas não é o prioritário. A prioridade agora é organizar os mutirões de saúde para fazer os atendimentos que a população espera”, declarou Reinaldo Azambuja.
Projeto pronto – O secretário de Saúde de Dourados, Sebastião Nogueira, disse ao Campo Grande News no início deste mês que a prefeitura não participa nem tem conhecimento sobre eventual projeto do governo do Estado para reabrir o Santa Rosa.
“Nossa intenção é alugar o prédio onde funcionou o Hospital São Luiz e depois uma clínica, que também fechou, e instalar no local um centro de cirurgias eletivas e exames. Já passamos essa posição ao governador. Em Dourados existem dois prédios de hospitais fechados, mas o do antigo Santa Rosa não está em nossos planos. Se estiver nos planos do governo eu não sei”, afirmou Sebastião Nogueira.
O prédio do antigo São Luiz, localizado na Avenida Weimar Gonçalves Torres com Avenida Coronel Ponciano, pertence aos herdeiros de um empresário da cidade e atualmente está alugado para a clínica Neoclin, que fechou e vai devolver o imóvel. O deputado estadual George Takimoto (PDT) era sócio junto com outros médicos do Hospital São Luiz, fechado há vários anos.