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Interior

Sem alimento para merenda, prefeito decreta situação de emergência

Situação de calamidade atinge outros municípios do interior do Estado diante da paralisação dos caminhoneiros

Gabriel Neris e Helio de Freitas, de Dourados | 28/05/2018 18:07
Quem foi em busca de carne no açougue de Água Clara não encontrou nada (Foto: Direto das Ruas)
Quem foi em busca de carne no açougue de Água Clara não encontrou nada (Foto: Direto das Ruas)

O prefeito de Caarapó, Mário Valério (PR), decretou nesta segunda-feira (28) situação de emergência por tempo indeterminado por consequência dos efeitos provocados pela paralisação dos caminhoneiros autônomos. Até mesmo a merenda dos estudantes foi comprometida. 

O chefe do Executivo do município, localizado a 283 km da Capital, avalia que as manifestações têm afetado diversos setores da economia, provocando o desabastecimento de materiais e insumos, como combustível e alimentos, prejudicando o transporte escolar de maneira regular e a manutenção das aulas da Rede Municipal de Ensino por falta de alimento.

O prefeito diz que é necessária a adoção de medidas preventivas para manter e resguardar os serviços de caráter essencial, já que não há prazo para o fim da manifestação.

Carros e máquinas da prefeitura estão parados. Somente os serviços considerados essenciais, como a coleta de lixo e o atendimento na área de saúde estão sendo realizados. Os setores Tributação e Cadastro e Departamento de Contabilidade estão funcionando em regime de plantão.

“Apoiamos a paralisação dos caminhoneiros, pois achamos que não é justo que aqueles que transportam o progresso Brasil afora arquem com o alto custo dos combustíveis e ganhem tão pouco com os fretes de baixo valor. Assim, a luta pela redução do preço do diesel é absolutamente justa”, declarou Mário Valério.

A crise também afeta outros municípios do interior do Estado. Em Água Clara faltam produtos. Limão e carne são alguns dos itens que já não mais encontrados com facilidade. A prefeitura já havia admitido a falta de frutas e legumes devido ao protesto.

A prefeitura de Alcinópolis já havia informado que não havia mais combustível e que as máquinas utilizadas para obras e recuperação de estradas pararam.

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