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Sem habilitados, licitação para anel viário de Bonito termina fracassada

Todas as empresas participantes foram inabilitadas por não atenderem exigências técnicas do edital

Por Jhefferson Gamarra | 22/07/2025 13:10
Sem habilitados, licitação para anel viário de Bonito termina fracassada
Obra licitada pela Agesul vai retirar caminhões do perímetro urbano de Bonito (Foto: Reprodução Prefeitura de Bonito)

O Governo do Estado declarou fracassada a licitação para construção do anel viário de Bonito, orçada em R$ 51,2 milhões. A concorrência pública, realizada pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), tinha como objetivo contratar uma empresa especializada para executar a implantação e pavimentação do trecho sul do rodoanel, com 7,613 quilômetros de extensão. No entanto, nenhuma das empresas participantes conseguiu ser habilitada, o que impediu a continuidade do processo licitatório.

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A licitação para a construção do anel viário de Bonito, no Mato Grosso do Sul, foi declarada fracassada após nenhuma das empresas participantes conseguir ser habilitada. O projeto, orçado em R$ 51,2 milhões, visava melhorar a mobilidade e retirar o tráfego de caminhões do perímetro urbano da cidade, principal destino turístico do estado. A concorrência, realizada pela AGESUL, foi encerrada sem vencedor após análise detalhada da documentação das empresas, que não comprovaram capacidade técnica e profissional necessária. A obra, que ligaria os acessos da MS-382 com a MS-178, é considerada estratégica para garantir segurança viária e reduzir o fluxo de veículos pesados no centro urbano. O governo estadual agora deve decidir se realizará uma nova licitação com critérios ajustados ou se reformulará o projeto para atrair empresas com maior capacidade de execução. A interrupção do processo representa um revés para Bonito, que aguarda a obra desde 2021.

A obra pretendida ligaria os acessos da MS-382 com a MS-178, conectando a entrada do aeroporto de Bonito com a saída para Bodoquena. O projeto tem como finalidade retirar o tráfego de caminhões do perímetro urbano da cidade, que é o principal destino turístico de Mato Grosso do Sul. Desde 2021, a Prefeitura vinha reivindicando a execução da obra. No início deste ano, o município comemorou a obtenção das licenças ambientais e o avanço das desapropriações necessárias, incluindo a remoção de 60 famílias que viviam de forma irregular na região da Vila Machado.

A licitação, realizada na modalidade de concorrência eletrônica, foi formalizada sob o processo nº 79/003.135/2025 e aberta em 24 de abril de 2025. Logo na primeira fase, a de habilitação técnica, três empresas foram desclassificadas por não terem enviado os documentos exigidos no prazo previsto em edital. As demais concorrentes seguiram na disputa, mas todas acabaram inabilitadas após análise detalhada da documentação.

As razões para as inabilitações se concentraram na ausência de comprovação da capacidade técnica operacional e profissional. Entre as deficiências identificadas estavam a falta de experiência comprovada em serviços como desmonte de material de terceira categoria, execução de cerca com tela de alambrado sobre mureta de blocos, implantação de defensa metálica e obras de base e sub-base estabilizada. Além disso, os profissionais indicados pelas empresas não apresentaram a qualificação exigida para os tipos de obras previstas no edital.

Três das empresas apresentaram recursos administrativos tentando reverter as inabilitações. Os recursos foram analisados pela diretoria da Agesul, que decidiu mantê-las inabilitadas. Sem nenhuma empresa habilitada ao final do processo, a licitação foi encerrada no dia 21 de julho com o resultado oficial de “sem vencedor” e a concorrência foi homologada como fracassada.

A interrupção da licitação representa um revés para o município de Bonito e para o governo estadual. O anel viário é considerado uma obra estratégica para melhorar a mobilidade e garantir segurança viária, principalmente por causa do intenso fluxo de caminhões no entorno da cidade. O projeto prevê a construção de três rotatórias uma delas na saída para Bodoquena, outra na entrada para a Rua Monte Castelo e uma terceira em frente ao Aquário Natural, na MS-178, no acesso para Guia Lopes. Essas intervenções visam direcionar os veículos pesados para fora do centro urbano.

Sem uma empresa contratada, o governo estadual deverá decidir se abrirá uma nova licitação com ajustes nos critérios de habilitação técnica ou se reformulará o projeto para atrair concorrentes com maior capacidade de execução.